08 de jul 2025
Vaticano revela segredos em pesquisa nos arquivos históricos da instituição
Pesquisador da UFRJ revela documentos sobre demolições de igrejas no Brasil, destacando a burocracia da Igreja Católica.

Fiéis na praça São Pedro, no Vaticano, durante funeral do papa Francisco; o Arquivo Apostólico do Vaticano não é aberto ao público e fica em um lugar de acesso restrito (Foto: Reprodução)
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Recentemente, um pesquisador da UFRJ dedicou horas aos Arquivos Apostólicos do Vaticano, em busca de documentos sobre a demolição de igrejas no Brasil. Essa investigação pode resultar em um livro que revelará a burocracia e a centralização da Igreja.
Os Arquivos Apostólicos, antes conhecidos como Arquivos Secretos, são famosos por guardarem documentos históricos e religiosos de grande importância. O acesso é restrito a pesquisadores autorizados, que devem apresentar projetos de pesquisa e cartas de recomendação. O pesquisador, atuando como um antropólogo do catolicismo, catalogou quase 200 templos demolidos no Brasil ao longo do último século.
Durante sua pesquisa, ele buscou correspondências, relatórios e memorandos relacionados às demolições. O trabalho no arquivo é meticuloso, exigindo paciência para decifrar documentos antigos e muitas vezes ilegíveis. O pesquisador encontrou pistas valiosas que podem compor um quebra-cabeça sobre a atuação da Igreja no Brasil.
Acesso e Estrutura do Arquivo
O Arquivo Apostólico não é aberto ao público e está sob a proteção da Guarda Suíça. A entrada é controlada, e os pesquisadores podem levar apenas papel e lápis. O primeiro passo é consultar uma vasta biblioteca de livros-índice, que descrevem os conteúdos das pastas arquivadas. A partir daí, é possível solicitar documentos específicos.
Entre os materiais encontrados, estavam cartas de mães solicitando descontos em mensalidades de colégios religiosos e denúncias contra sacerdotes. O pesquisador destacou que o que impressiona não são apenas os documentos em si, mas a organização e a centralização da Igreja, que remonta a quase 20 séculos.
A pesquisa continua, e o autor espera que suas descobertas contribuam para uma compreensão mais profunda da história da Igreja no Brasil.
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