Brasileiras lideram busca por empresas com menos impostos no Paraguai
Grupo Lupo investe R$ 30 milhões em nova planta no Paraguai, enquanto governo promete 100 mil empregos até 2028 para atrair mais indústrias

Oficina de costura dedicada à fabricação de vestuário feminino sob o regime de maquila no Paraguai (Foto: Marta Escurra/Folhapress)
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Nos últimos 25 anos, 70% das empresas que se instalaram no Paraguai pelo regime de maquilas são brasileiras, atraídas por isenções fiscais e oportunidades de mercado. Desde 2014, houve um aumento significativo na abertura de indústrias, com 182 novas unidades inauguradas na última década. Até o final de 2024, 203 empresas brasileiras operavam no país, principalmente nos setores têxtil, plástico e autopeças.
Recentemente, o Grupo Lupo anunciou a abertura de sua primeira planta fora do Brasil em Ciudad del Este, com um investimento de R$ 30 milhões. A nova unidade, que deve produzir 20 milhões de pares de meias por ano, criará 350 empregos diretos e atingirá sua capacidade total em 2026. A empresa busca fortalecer sua presença no mercado sul-americano com essa expansão.
O governo paraguaio, sob a liderança do presidente Santiago Peña, tem como meta criar 100 mil novos empregos até 2028, sem aumentar impostos para atrair mais investidores. A Lei de Maquila, que oferece isenções fiscais e um imposto de exportação de apenas 1%, tem sido fundamental para a atração de empresas. Em 2022, 60% dos produtos das maquiladoras paraguaias foram vendidos ao Brasil, destacando a importância dessa relação comercial.
Apesar do crescimento, empresários enfrentam desafios, como a dificuldade de acesso ao crédito e a falta de mão de obra qualificada. O governo paraguaio busca promover o país em feiras para aumentar o número de investidores brasileiros, visando não apenas a transferência de indústrias, mas também a melhoria da competitividade das empresas.
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