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08 de ago 2025

Governo cria novo modelo de financiamento para ampliar crédito imobiliário

Novo modelo de financiamento imobiliário promete dobrar recursos disponíveis, mas gera preocupações no setor da construção civil

Hoje, 65% dos depósitos da poupança são direcionados pelos bancos para financiamento imobiliário (Foto: Tiago Queiroz/tiago queiroz)

Hoje, 65% dos depósitos da poupança são direcionados pelos bancos para financiamento imobiliário (Foto: Tiago Queiroz/tiago queiroz)

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BRASÍLIA - O governo Lula está desenvolvendo um novo modelo de financiamento do crédito imobiliário que visa aumentar os recursos disponíveis para o setor. A proposta, que deve ser implementada em até dois anos, prevê que 100% do saldo da caderneta de poupança seja direcionado para esse tipo de crédito, permitindo que os bancos utilizem o mesmo montante livremente após a concessão dos financiamentos.

Atualmente, apenas 65% dos depósitos da caderneta são destinados ao crédito imobiliário. Com a nova estrutura, os bancos poderão acessar um montante equivalente ao valor concedido em financiamentos, o que deve dobrar os recursos disponíveis para a modalidade. A expectativa é que essa mudança ocorra de forma gradual, levando de oito a dez anos para ser totalmente implementada.

Mecanismos de Funcionamento

O novo modelo também altera a forma como os bancos devem cumprir as exigências de direcionamento. A cada financiamento concedido, o valor contará para a meta por cinco anos, independentemente do saldo devedor. Isso significa que os bancos precisarão realizar novas concessões a cada cinco anos, aumentando a entrada de recursos no sistema.

Além disso, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou que a mudança é necessária devido à estagnação da caderneta de poupança, que não acompanhou o crescimento da economia nos últimos anos. A proposta busca garantir que os juros do crédito imobiliário permaneçam próximos aos atuais, mesmo com a ampliação da oferta.

Expectativas do Setor

Representantes da construção civil expressaram preocupações sobre a possibilidade de a nova estrutura reduzir a oferta de recursos para a incorporação. No entanto, o governo assegura que o direcionamento de recursos para esse segmento está garantido. A proposta inclui também a possibilidade de ajustes nas taxas de juros, que podem ser influenciadas pela maior oferta de crédito.

O novo modelo promete ser um divisor de águas para o financiamento habitacional no Brasil, com a expectativa de que os resultados sejam visíveis em um curto espaço de tempo. A minuta do texto final será enviada aos bancos e à construção civil ainda este mês, com a previsão de publicação até o fim de setembro.

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