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12 de ago 2025

STF deve demorar a decidir sobre aplicação da Lei Magnitsky no Brasil

Ministro Cristiano Zanin analisa aplicação da Lei Magnitsky enquanto bancos brasileiros buscam orientação sobre possíveis sanções financeiras

Cristiano Zanin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da ação que trata do tema — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, relator da ação do PT que busca proibir a aplicação da Lei Magnitsky no Brasil, não deve tomar uma decisão imediata sobre o assunto. Ele pretende ouvir as partes envolvidas e a Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de se pronunciar. A expectativa é que Zanin não conceda uma medida cautelar que impeça a aplicação da norma americana, que prevê sanções contra o ministro Alexandre de Moraes.

A Lei Magnitsky, que foi aplicada a Moraes por uma ordem executiva do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implica no bloqueio de bens e restrições em transações financeiras nos EUA. Os bancos brasileiros estão em um dilema, pois, enquanto tentam manter suas operações com Moraes em reais, temem que essa postura possa ser interpretada como descumprimento da norma americana, resultando em multas.

A ação foi proposta pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) e, segundo executivos do setor financeiro, a PGR deve solicitar ao STF que evite uma decisão definitiva, dada a falta de clareza sobre quais operações seriam vedadas. A maioria dos bancos brasileiros possui operações nos Estados Unidos, o que aumenta a preocupação com possíveis sanções.

Além disso, os bancos estão buscando orientação jurídica de escritórios americanos para entender como proceder. Embora a interpretação inicial sugira que é possível manter contas e investimentos de eventuais sancionados, há receios de que a Justiça americana exija um corte total nas relações com esses indivíduos. A Caixa Econômica Federal, que não possui operações nos EUA, também está avaliando como aplicar a Lei Magnitsky, mas ainda não se manifestou oficialmente sobre o tema.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que se reúne constantemente com os bancos associados para discutir questões que possam impactar o setor, mas não se pronuncia sobre transações específicas.

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