Emissão de vistos para brasileiros despenca 25% durante governo Trump
Emissão de vistos B1/B2 para brasileiros despenca e novos custos podem afastar turistas durante a Copa do Mundo de 2026

Viajantes chegam em aeroporto nos EUA: país registra menor número de visitas desde a pandemia e turismo projeta perdas bilionárias para 2025 (Foto: Caitlin Ochs/The New York Times)
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Em meio a um endurecimento das políticas migratórias do governo de Donald Trump, a emissão de vistos B1/B2 para brasileiros sofreu uma queda significativa de 25% nos primeiros meses de 2026, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Dados da consultoria AG Immigration, com base em informações do Departamento de Estado, revelam que apenas 356 mil vistos foram emitidos entre janeiro e maio, em contraste com 480 mil no ano passado.
A situação se agrava com a introdução de novas tarifas que elevarão o custo total para mais de R$ 2,3 mil. Essa mudança ocorre em um momento crítico para a indústria do turismo, que teme os impactos negativos durante eventos de grande porte, como a Copa do Mundo de 2026. Especialistas apontam que, embora a taxa de recusa de vistos tenha sido de 15% no ano passado, não está claro se a queda na emissão se deve a uma diminuição na procura ou a um aumento nas negativas.
Rodrigo Costa, advogado especializado em migração, observa que muitos brasileiros estão apressando seus pedidos de visto devido ao receio das novas tarifas e da instabilidade política entre Brasil e EUA. A nova taxa de US$ 250 para "integridade do visto", que se soma aos US$ 185 já existentes, poderá ser implementada em outubro, segundo especialistas. Erik Hansen, da Associação de Viagens dos EUA, alerta que essa cobrança tornará os vistos americanos um dos mais caros do mundo.
A situação é preocupante, especialmente para turistas de primeira viagem, que podem optar por destinos alternativos, como Canadá e México, durante a Copa do Mundo. O Brasil, que foi o terceiro país com mais vistos emitidos em 2024, pode ver uma diminuição significativa no número de visitantes, impactando a economia do turismo americano. A expectativa é que, mesmo com grandes eventos, a taxa de novos visitantes brasileiros diminua, afetando a dinâmica do turismo nos EUA.
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