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16 de ago 2025

STF evita crise fiscal ao decidir sobre a Previdência

STF pode decidir sobre a Lei do Fator Previdenciário, com impacto potencial de R$ 130 bilhões nas contas públicas do Brasil

A sede do INSS em Brasília (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

A sede do INSS em Brasília (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

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O Brasil enfrenta um rombo significativo na Previdência, com o Tesouro desembolsando cerca de R$ 300 bilhões anuais para honrar as aposentadorias do setor privado. O aumento da longevidade e a falta de reformas adequadas tornam a situação ainda mais crítica. Atualmente, o Supremo Tribunal Federal (STF) está julgando uma ação que pode impactar o Orçamento em R$ 130 bilhões.

A ação em questão contesta a aplicação da Lei do Fator Previdenciário para aposentados que estão sob regras de transição. O relator, ministro Gilmar Mendes, já se posicionou favoravelmente à constitucionalidade do redutor, afirmando que os aposentados não foram prejudicados. Mendes destacou que a aplicação do fator previdenciário é válida para benefícios concedidos a segurados filiados ao Regime Geral de Previdência Social antes de 16 de dezembro de 1998.

Contexto das Reformas

Desde os anos 1990, o Brasil tem implementado reformas previdenciárias para tentar equilibrar as contas. A primeira grande mudança ocorreu em 1998, quando o Congresso aprovou uma Emenda Constitucional que alterou o cálculo das aposentadorias e criou um regime de transição. A Lei do Fator Previdenciário, aprovada em 1999, visava desincentivar aposentadorias precoces, que eram predominantes na época.

O impacto financeiro das aposentadorias é crescente. Em 1988, os gastos com o INSS representavam 2,5% do PIB, enquanto atualmente esse número se aproxima de 8%. Apesar da reforma de 2019, as contas da Previdência continuam a apresentar desafios, e a necessidade de novas reformas se torna cada vez mais urgente.

Desdobramentos Futuros

O julgamento no STF, que deve ser concluído na próxima segunda-feira, pode trazer novas complicações para as contas públicas. A Advocacia-Geral da União (AGU) já alertou sobre os riscos financeiros de uma decisão favorável aos aposentados. Especialistas afirmam que, sem as reformas das últimas décadas, o Brasil poderia ter enfrentado uma crise ainda mais severa na Previdência.

A situação atual exige que o país não apenas enfrente os desafios do passado, mas também busque soluções para garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário no futuro.

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