- Carteiras ligadas ao alegado hacker Aleksey Bilyuchenko transferiram mais 1.300 BTC, avaliados em $114 milhões, para exchanges desconhecidas na última semana; total já vendido chega a 2.300 BTC, com 4.100 BTC ainda em mãos, valendo cerca de $360 milhões.
- As transações continuam um padrão de distribuição controlada iniciado em outubro, relacionado ao caso BTC-e e a autoridades russas; não está claro se Bilyuchenko ainda controla os fundos ou está preso.
- A natureza estruturada das movimentações sugere posicionamento deliberado, com depósitos realizados por exchanges que ocultam o destino final dos recursos.
- O histórico envolve o Departamento de Justiça dos EUA, que acusa Bilyuchenko e Aleksandr Verner de lavar cerca de 647.000 bitcoins tomados do Mt. Gox entre 2011 e 2014; BTC-e operou entre 2011 e 2017.
- No mercado, esse fornecimento adicional pressiona o Bitcoin em meio a venda de “whales” e menor liquidez de fim de ano, com o preço e fluxos de ETFs em movimento enquanto ainda há 4.100 BTC para distribuição.
O que aconteceu: carteiras associadas ao suposto hacker do Mt. Gox, Aleksey Bilyuchenko, transferiram 1.3 mil BTC, cerca de US$ 114 milhões, para exchanges desconhecidas na última semana. Segundo a Arkham Intelligence, as moedas somam 4,1 mil BTC ainda sob controle e já totalizam 2,3 mil BTC vendidos desde outubro.
Quem está envolvido: além de Bilyuchenko, a operação envolve a rede de exchanges utilizadas para ocultar o destino dos recursos. A Arkham destaca que as transferências indicam uma venda estruturada, não um movimento de pânico.
Quando e onde: as movimentações ocorreram ao longo dos últimos sete dias, com depósitos realizados em exchanges ainda não identificadas. Os destinos finais das moedas permanecem desconhecidos, mantendo a dificuldade de rastrear os ganhos.
Por quê: a operação é descrita como uma distribuição controlada, iniciada há meses. Analistas observam que o padrão aponta para posicionamento estratégico de liquidez, com grande parte das BTCs ainda em custódia pelos envolvidos.
Contexto de histórico financeiro
A investigação federal dos EUA, divulgada em 2023, associou Bilyuchenko e Verner a operações de lavagem de aproximadamente 647 mil BTC obtidos no Mt. Gox entre 2011 e 2014. O Ministério da Justiça destacou envolvimento na criação da BTC-e, conhecida por facilitar transações ilícitas.
Panorama atual do mercado
A venda contínua de Bilyuchenko coincide com pressão de oferta no Bitcoin, ampliada por liquidez reduzida durante o fim do ano. A cotação caiu, com margens de queda associadas a grandes operações de venda de grandes carteiras.
Implicações para o mercado
Analistas apontam que a concentração de oferta entre US$ 94 mil e US$ 120 mil cria resistência a reações de alta. Mesmo com expectativas de recuperação em 2026, o fluxo de BTC ligado a casos históricos segue influenciando o sentimento de investidores.
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