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14 de ago 2025

Especialistas pedem limites de telas e regulação de redes para crianças após vídeo de Felca

Especialistas alertam sobre os riscos da digitalização na infância e defendem regulamentações urgentes para proteger crianças nas redes sociais

Gabriela Lusquinhos, Renan Ferreirinha e Daniel Becker participam do painel ‘Like e laços: desafios e limites na infância digital’, mediado por Juliana Pio no Rio Innovation Week, que debateu regulação, limites e responsabilidades no uso de telas por crianças (Foto: Ag. Enquadrar/Divulgação RIW)

Gabriela Lusquinhos, Renan Ferreirinha e Daniel Becker participam do painel ‘Like e laços: desafios e limites na infância digital’, mediado por Juliana Pio no Rio Innovation Week, que debateu regulação, limites e responsabilidades no uso de telas por crianças (Foto: Ag. Enquadrar/Divulgação RIW)

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O vídeo do influenciador Felipe Bressanim, conhecido como Felca, que já acumula mais de 30 milhões de visualizações, denunciando a adultização e sexualização de crianças nas redes sociais, catalisou um debate crucial durante o painel 'Like e laços: desafios e limites na infância digital', realizado no Rio Innovation Week. Especialistas discutiram a necessidade urgente de regulamentações, como a definição de idades mínimas para o uso de smartphones e a proibição de celulares nas escolas.

A promotora de Justiça Gabriela Lusquinhos, que atua na Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro, destacou que as redes sociais são ambientes perigosos para crianças, afirmando que não foram projetadas para elas. Ela defendeu a implementação de idades mínimas, sugerindo 14 anos para smartphones e 16 para redes sociais, com o objetivo de permitir que os jovens façam escolhas mais conscientes. “Diminuir o like e aumentar o laço é um bom caminho”, enfatizou.

O pediatra e ativista Daniel Becker alertou sobre o design viciante de aplicativos e redes sociais, que podem prejudicar a atenção, a leitura e a memória das crianças. Ele fez uma distinção entre “boa tela”, que envolve interação social, e “tela ruim”, que promove o uso compulsivo. Becker defendeu a proibição de plataformas que não favorecem o desenvolvimento saudável das crianças.

Papel das Escolas e da Legislação

O secretário municipal de Educação do Rio, Renan Ferreirinha, ressaltou a importância da escola nesse contexto. Em 2023, o município se tornou o primeiro do Brasil a proibir celulares nas escolas, uma medida que, segundo ele, resultou em redução de 53% no bullying e aumento de 40% na busca por livros. Essa experiência inspirou um projeto de lei federal que visa estender a proibição a todas as escolas do país.

O debate também abordou casos extremos de violência nas redes, com Gabriela relatando episódios de adolescentes transmitindo atos violentos em tempo real. Ela defendeu a aprovação do PL 2628, que propõe verificação etária obrigatória e restrições de conteúdos. “As redes sociais foram criadas para lucrar com as crianças”, alertou.

Além disso, a responsabilidade das famílias foi um ponto central. Gabriela lembrou que os pais podem ser responsabilizados legalmente por ações de seus filhos nas redes sociais. Becker destacou sinais de alerta, como isolamento social e mudanças no comportamento, que devem ser observados pelos responsáveis. O secretário Ferreirinha concluiu que a legislação digital deve refletir as normas do mundo físico, promovendo um ambiente mais seguro para as crianças.

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