Colunistas do GLOBO são homenageados como mestres do jornalismo brasileiro

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) homenageou 21 mestres da reportagem no 20º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, realizado em São Paulo. O evento, que ocorreu na quinta-feira, 10 de julho, destacou a importância do jornalismo rigoroso e comprometido com a verdade.

Entre os homenageados estão Miriam Leitão, Dorrit Harazim e Elio Gaspari, todos colunistas do GLOBO. A cerimônia incluiu a exibição de um documentário que apresentou histórias e conselhos dos jornalistas reconhecidos, além do lançamento do “Projeto Inspiração”, que reúne material biográfico e entrevistas de grandes nomes do jornalismo, com textos de Elvira Lobato e edição de Maiá Menezes.

Contribuições dos Homenageados

Durante o evento, Dorrit Harazim, que começou sua carreira em 1968, lembrou os desafios da censura durante a ditadura militar. Ela enfatizou a responsabilidade dos jornalistas em relatar a crise humanitária na Faixa de Gaza. Miriam Leitão, com mais de cinco décadas de experiência, destacou que a paixão é essencial para o jornalismo, afirmando que "não há como fazer jornalismo sem isso".

Os outros jornalistas homenageados incluem Angelina Nunes, Caco Barcellos, Clóvis Rossi, entre outros, todos considerados pilares fundamentais da profissão. A Abraji ressaltou que suas trajetórias abriram caminhos para novos profissionais comprometidos com a liberdade de imprensa e a democracia.

Trajetórias Notáveis

Dorrit Harazim é reconhecida por sua cobertura de eventos históricos, incluindo guerras e crises geopolíticas. Ela foi a primeira brasileira a receber o Prêmio Gabriel García Márquez de Jornalismo e será homenageada com o Prêmio Vladimir Herzog por sua defesa dos direitos humanos. Miriam Leitão, colunista do GLOBO, é autora de 16 livros e se tornou imortal da Academia Brasileira de Letras. Elio Gaspari, especialista em história da ditadura militar, é colunista do GLOBO e da Folha de S.Paulo, autor de cinco volumes sobre o regime militar.

O evento foi um marco na valorização do jornalismo investigativo, reforçando a necessidade de um trabalho comprometido e ético na busca pela verdade.