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Crisis educacional em Sudão: meninas enfrentam desafios extremos em meio ao conflito

O conflito no Sudão já deslocou 12,36 milhões de pessoas internamente. Quatrocentos mil estudantes não farão exames de secundário em 2024. Apenas 20% das escolas reabriram desde abril de 2023, agravando a crise. A educação das meninas é severamente afetada, aumentando desigualdades. O governo rejeitou dados de fome, dificultando a resposta humanitária.

"Uma criança é carregada em um caminhão que leva pessoas que fogem da guerra no Sudão, de Joda até Renk, no Sudão do Sul, em 20 de março de 2024. (Foto: Sally Hayden/CONTACTO/Europa Press)"

"Uma criança é carregada em um caminhão que leva pessoas que fogem da guerra no Sudão, de Joda até Renk, no Sudão do Sul, em 20 de março de 2024. (Foto: Sally Hayden/CONTACTO/Europa Press)"

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Sudão enfrenta, pelo segundo ano consecutivo, um conflito devastador que deslocou internamente 12,36 milhões de pessoas e forçou 3,27 milhões a buscar refúgio em países vizinhos, como Chad, Egito e Sudão do Sul, conforme dados da ONU. A situação impacta severamente a educação, com cerca de 400 mil estudantes impedidos de realizar os exames de secundário em dezembro de 2024, segundo o Comitê de Professores do Sudão. As dificuldades educacionais também afetam os países que acolhem refugiados, onde barreiras legais e infraestrutura precária aumentam o risco de abandono escolar.

A educação é um direito humano básico e fundamental para o futuro do Sudão. Negar a educação a uma geração perpetua a pobreza e a desigualdade. Apesar da resiliência demonstrada pelas crianças sudanesas, a situação é alarmante, especialmente para as meninas, que enfrentam consequências mais severas. Normas de gênero restritivas tornam o abandono escolar quase inevitável, com muitas meninas assumindo responsabilidades domésticas ou sendo forçadas ao casamento precoce.

Além disso, a crise alimentar agrava a situação, com o último relatório do Sistema Integrado de Classificação de Segurança Alimentar (IPC) indicando condições de fome em várias regiões. O governo sudanês rejeitou essas conclusões e decidiu se retirar do IPC, dificultando ainda mais a resposta humanitária em um país onde o acesso já é um desafio. Mais de 17 milhões das crianças em idade escolar no Sudão tiveram sua educação interrompida, e apenas 20% das escolas conseguiram reabrir desde abril de 2023.

Organizações como a Plan International alertam que, sem intervenções imediatas, essa crise educacional pode condenar uma geração a um futuro sem oportunidades. Proteger o acesso à educação é crucial, especialmente para as meninas, que são as primeiras a deixar as escolas e as últimas a retornar. É necessário que governos e a comunidade internacional trabalhem juntos para criar rotas seguras para as escolas e alternativas educacionais adaptadas ao contexto do conflito, como programas de aprendizado à distância e escolas temporárias em campos de refugiados. O acesso seguro à educação deve ser uma prioridade para o futuro das crianças e do Sudão.

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