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Rio dos Bugres é o segundo mais poluído do mundo por microplásticos, aponta estudo

Estudo revela que o Rio dos Bugres é o segundo mais poluído por microplásticos. Foram encontradas 93.050 partículas de microplásticos por quilo de sedimento. Controvérsia sobre artigo despublicado gera debates sobre transparência científica. Prefeitura de São Vicente implementa monitoramento e ações para mitigar poluição. Poluentes podem causar sérios problemas de saúde e afetam ecossistemas locais.

Pesquisadores realizaram coletas na região estuarina entre Santos (SP) e São Vicente (SP) (Foto: William Rodriguez Schepis)

Pesquisadores realizaram coletas na região estuarina entre Santos (SP) e São Vicente (SP) (Foto: William Rodriguez Schepis)

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Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros classificou o Rio dos Bugres, localizado entre Santos e São Vicente, como o segundo mais poluído por microplásticos do mundo. O biólogo marinho William Rodriguez Schepis alertou que a exposição a esses poluentes pode ser cancerígena e está ligada a diversos problemas de saúde. A pesquisa, publicada na revista Marine Pollution Bulletin, foi conduzida pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e pelo Instituto EcoFaxina, que Schepis dirige.

Durante a investigação, amostras de sedimentos foram coletadas em dez pontos da região estuarina entre abril e julho de 2018. O estudo revelou que o trecho do Rio dos Bugres apresenta 93.050 partículas de microplásticos por quilo de sedimento, ficando atrás apenas do Rio Pasur, em Bangladesh, que possui 157 mil partículas. Schepis explicou que os microplásticos são fragmentos de plásticos menores que 5 mm, resultantes da degradação de objetos maiores, como embalagens e fibras sintéticas.

O biólogo destacou que as ocupações em palafitas ao longo do rio contribuem para a alta concentração de poluentes. Ele mencionou a presença de comunidades, como a Vila Gilda, que abriga cerca de 20 mil pessoas, e a disposição inadequada de resíduos. Schepis também alertou sobre os riscos à saúde humana e à fauna local, incluindo disfunções hormonais e reprodutivas em peixes, devido ao descarte de água e resíduos diretamente no manguezal.

A Prefeitura de São Vicente afirmou que monitora os níveis de microplásticos no rio e realiza ações para mitigar os impactos, como fiscalização de descartes irregulares. A Prefeitura de Santos complementou que cerca de 80% do lixo marinho se origina do ambiente terrestre e destacou um projeto de reurbanização na região, o Parque das Palafitas, que já está em andamento.

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