27 de fev 2025
Aleysha Ortiz processa escola por negligência após se formar sem saber ler ou escrever
Aleysha Ortiz, de 19 anos, formou se com honras, mas é analfabeta. Ela processa o Hartford Board of Education por negligência e bullying. A mãe de Aleysha, Carmen Cruz, buscou ajuda desde cedo, mas sem sucesso. Aleysha usou tecnologia para passar no ensino médio, mas enfrenta dificuldades na faculdade. A ação legal visa responsabilizar a escola e melhorar a educação para todos.
Foto: Reprodução
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Aleysha Ortiz, de dezenove anos, sonha em escrever histórias e até um livro, mas enfrenta um desafio significativo: é analfabeta. Apesar de ter se formado com honras na Hartford Public High School, em Connecticut, e ter recebido uma bolsa para a faculdade, Aleysha revelou em uma reunião do conselho municipal em maio de 2024 que não sabe ler nem escrever. Dois dias antes da formatura, a escola sugeriu que ela adiasse a aceitação do diploma em troca de serviços intensivos, mas Aleysha decidiu seguir em frente. Agora, ela processa o Hartford Board of Education e a cidade de Hartford por negligência, além de sua gestora de educação especial, Tilda Santiago, por inflição negligente de sofrimento emocional.
A história de Aleysha não surpreende especialistas em educação. Jesse Turner, do Literacy Center da Central Connecticut State University, aponta que a qualidade da educação especial varia conforme o código postal e a demografia. Um relatório de 2019 revelou que distritos escolares com maioria não branca recebem US$ 23 bilhões a menos em comparação com aqueles que atendem predominantemente alunos brancos. Durante os anos letivos de 2020-2021 e 2021-2022, a matrícula de minorias nas escolas públicas de Hartford era de cerca de 90%.
Aleysha, nascida em Porto Rico, enfrentou dificuldades de aprendizado desde cedo. Sua mãe, Carmen Cruz, mudou-se para Connecticut em busca de melhores serviços educacionais, mas as dificuldades persistiram. Aleysha foi diagnosticada com dislexia, TDAH e outros transtornos, e sua gestora de educação especial foi acusada de assédio e bullying. Apesar de ter tentado buscar ajuda, Aleysha só começou a receber os testes necessários no último mês de escola, revelando que ainda precisava de ensino explícito em fonética e compreensão de leitura.
Atualmente, Aleysha estuda na Universidade de Connecticut, utilizando aplicativos que traduzem texto em fala para completar suas tarefas. Ela relata que, embora tenha conseguido melhorar suas notas, a experiência na faculdade tem sido desafiadora. Aleysha busca responsabilizar os responsáveis pela sua educação, afirmando que quer que as autoridades escolares sejam responsabilizadas por sua experiência. Sua mãe, Carmen, também se manifesta para que outras famílias não enfrentem as mesmas dificuldades. Aleysha continua determinada a aproveitar sua educação e a lutar por melhorias nas escolas de sua cidade.
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