27 de fev 2025
Mangueira convida mototaxista vítima de ataque a tiros para desfilar no carnaval
A Mangueira convidou Thiago Marques, mototaxista preso injustamente, para desfilar. O enredo da escola destaca a realidade do povo preto e a violência racial. Thiago ficou 17 horas preso após ser confundido com suspeitos de roubo. A escola expressou apoio a Thiago, enfatizando a luta contra a violência racial. A juíza Rachel Assad determinou a soltura de Thiago por falta de provas.
O mototaxista entre a presidente da escola Guanayra Firmino e do carnavalesco Sidnei França. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
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A escola de samba Mangueira anunciou nas redes sociais que convidou o mototaxista Thiago Marques para desfilar no Sambódromo. A agremiação será a última a entrar na avenida no domingo, primeiro dia do Grupo Especial deste ano. Thiago foi preso após um incidente na madrugada de segunda-feira, quando, ao atender uma corrida, foi confundido por um policial militar com suspeitos de roubo. O PM disparou contra a moto, atingindo o passageiro Igor Melo de Carvalho, que foi levado ao hospital.
Após 17 horas detido, Thiago foi liberado na tarde de terça-feira, após audiência de custódia. A Mangueira, em sua postagem, destacou que o enredo deste ano exalta os povos bantos e a realidade do povo preto no Rio de Janeiro, que enfrenta diariamente o risco de se tornar uma estatística de violência. A escola expressou solidariedade a Thiago, afirmando que ele é um sobrevivente e parte fundamental da cultura carioca.
O texto da postagem enfatiza a luta contra a violência e a marginalização, convidando Thiago a se juntar à escola no desfile. A publicação também menciona o samba-enredo, que aborda a realidade de pessoas negras e faveladas, e critica a persistência das mortes de jovens negros no Rio. A Mangueira compartilhou uma imagem de Thiago ao lado da presidente Guanayra Firmino e do carnavalesco Sidnei França, reforçando a mensagem de resistência e união.
A juíza Rachel Assad da Cunha, responsável pela decisão de soltar Thiago, destacou que as evidências contra ele eram insuficientes, afirmando que as informações que levaram à sua prisão não sustentavam a acusação. A decisão reflete a necessidade de justiça e a crítica à violência policial, um tema central no contexto do carnaval e na luta por direitos da população negra.
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