Sri Lanka realiza censo de animais pragas para proteger lavouras e planejar controle

O Sri Lanka realizou um censo nacional de animais considerados pragas, como macacos e pavões, para desenvolver medidas de proteção às lavouras. Aproximadamente 40 mil funcionários foram mobilizados para contar javalis, lóris, pavões e macacos em um intervalo de cinco minutos na manhã de sábado. No distrito de Anuradhapura, famílias de agricultores se reuniram em campos abertos para registrar os animais utilizando formulários do ministério da Agricultura.

Ajith Pushpakumara, funcionário do ministério, afirmou que o censo foi realizado em um período curto para evitar contagens duplicadas e espera-se que os resultados tenham cerca de 80% de precisão. Com esses dados, as autoridades planejam ações para lidar com os animais que afetam as lavouras. Em Anuradhapura, moradores participaram ativamente da contagem, registrando 227 macacos-toque e 65 langures-de-cara-roxa, conforme relatou Chaminda Dissanayake, do departamento de agricultura.

O parlamentar da oposição, Nalin Bandara, criticou o censo, considerando-o um "desperdício de dinheiro" e um "fracasso completo". Ele questionou a eficácia do censo, apontando que animais que atacam as lavouras à noite não foram contabilizados e sugeriu que tecnologias mais modernas poderiam ter sido utilizadas. As autoridades informaram que mais de um terço das lavouras é destruído por animais selvagens, incluindo elefantes, que são protegidos por lei.

Embora os elefantes sejam grandes invasores de plantações, não foram incluídos no censo. Em 2023, o então ministro da Agricultura havia proposto a exportação de cerca de 100 mil macacos-toque para zoológicos na China, mas a ideia foi abandonada após protestos de ambientalistas. No mesmo ano, o Sri Lanka removeu várias espécies da lista de proteção, permitindo que agricultores eliminassem macacos, pavões e javalis.