Tatuagens de gangues se tornam evidência de crime sob regime de Nayib Bukele em El Salvador

Tatuagens de gangues, antes símbolo de pertencimento no El Salvador, agora são usadas como evidência de associação criminosa sob o governo de Nayib Bukele. O presidente implementou uma política rigorosa que resultou em detenções em massa e deportações, visando combater a violência associada a grupos como MS-13 e 18th Street.

A identificação de membros de gangues por meio de tatuagens se tornou uma prática comum. O ministro da Segurança e Justiça, Gustavo Villatoro, afirmou que a interpretação dos desenhos é fundamental para a identificação de criminosos. Ele possui um livro com análises de centenas de tatuagens, destacando a importância desse elemento na cultura das gangues.

No supermaxi Cecot, as tatuagens são utilizadas para classificar os detidos. O diretor da prisão, Belarmino García, explicou que, anteriormente, os criminosos precisavam cometer atos violentos para serem processados. Agora, ter uma tatuagem associada a gangues é considerado crime. A situação gerou críticas sobre possíveis violações de direitos humanos, mas muitos cidadãos relatam uma sensação de segurança nas ruas.

O mercado de tatuagens no país está se diversificando. Artistas de tatuagem afirmam que a demanda por designs não relacionados a gangues aumentou. Alejandra Angel, uma tatuadora, observou que a aceitação social das tatuagens cresceu, permitindo que profissionais de diversas áreas, como médicos e advogados, expressem sua individualidade através da arte corporal.