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Vietnã recorda 50 anos da queda de Saigon e busca por mães biológicas se intensifica

Cinquenta anos após a queda de Saigon, adotados buscam suas origens no Vietnã, revelando histórias de identidade e resiliência.

Odile Dussart foi adotada por um casal francês e cresceu no norte da França. (Foto: Nhac Nguyen / AFP)

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O Vietnã celebra o 50º aniversário da queda de Saigon, que simbolizou a vitória do norte comunista sobre o sul pró-americano, encerrando a Guerra do Vietnã em 1975. Cinquenta anos após a evacuação caótica, crianças adotadas retornam ao país em busca de suas mães biológicas.

Milhares de crianças, que foram deslocadas durante a guerra, agora buscam suas origens. No final do conflito, mais de três mil crianças foram levadas para a América do Norte, Europa e Austrália. A operação de evacuação foi criticada, pois muitos não eram órfãos, mas foram separados de suas famílias.

A advogada Odile Dussart, uma dessas crianças, foi adotada por um casal francês e cresceu no norte da França. Aos 51 anos, ela voltou ao Vietnã em busca de sua mãe biológica. “Só quero saber se minha mãe está viva ou morta”, afirmou Dussart, que se chama Bui Thi Thanh Khiet em sua terra natal.

Histórias de Busca

Dussart recorda a evacuação de 4 de abril de 1975, quando um voo de evacuação caiu, resultando na morte de 138 pessoas, incluindo 78 crianças. Ela é uma das 176 sobreviventes do acidente, mas não se considera vítima, pois não tem lembranças. “As verdadeiras vítimas são aqueles que perderam seus entes queridos”, disse.

James Ross Tung Dudas, que tinha três anos quando foi levado aos Estados Unidos, também busca sua mãe biológica. Ele acredita que encontrou pistas sobre sua origem e viajou para Vun Tau, perto de Ho Chi Minh, para investigar. “Seria bom saber quem eu sou e de onde venho”, declarou Dudas, que espera resultados de testes de DNA.

Identidade e Pertencimento

Ambos, Dussart e Dudas, cresceram em comunidades predominantemente brancas e enfrentaram desafios relacionados à sua identidade. Dussart mencionou que, na França, sempre foi vista como asiática. “Meu princípio de vida é francês, mas minha alma é vietnamita”, afirmou. Dudas, que trabalha na indústria têxtil, compartilha sentimentos semelhantes sobre sua identidade.

Dussart expressou gratidão por estar viva e pelos esforços dos pilotos que a evacuaram. “Sou grata aos que arriscaram suas vidas para salvar a minha”, concluiu.

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