Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?

Longas esperas e falta de dados em clínicas de gênero da NHS, aponta revisão

Levy recomenda vinte medidas: registro de desfechos por sexo de nascimento, programa nacional de melhoria a partir de janeiro e financiamento de £16m para £36m para reduzir esperas

Telinha
Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Levy, an NHS medical director and cancer specialist, took a team to nine NHS England clinics to assess the effectiveness and safety of each service.
0:00 0:00
  • Não há dados consistentes sobre desfechos em clínicas de disforia de gênero para adultos na Inglaterra, dificultando avaliar segurança e eficácia do tratamento no NHS.
  • Tempo de espera para a primeira consulta atinge média de cinco anos e sete meses, com projeção de até quinze anos sem melhorias.
  • Dr. David Levy apresentou vinte recomendações, incluindo obrigatoriedade de registrar desfechos com o sexo de nascimento e o início, a partir de janeiro, de um programa nacional de melhoria.
  • O financiamento para cuidados não cirúrgicos de gênero subiu de 16 milhões de libras (2020‑21) para 36 milhões de libras (2024‑25).
  • Oferta de mais clínicas e um programa nacional visam reduzir as esperas; a revisão também aponta necessidade de dados robustos e auditorias nacionais para entender resultados e qualidade do atendimento.

Dr Levy apresenta um relatório sobre as clínicas de disforia de gênero para adultos na Inglaterra, destacando atrasos de espera, ausência de dados de desfechos e variação na qualidade dos serviços. O estudo avaliou nove unidades do NHS England, com entrevistas a profissionais e pacientes.

O documento aponta que não há coleta sistemática de resultados, o que impede avaliar segurança e eficácia. A média de espera para a primeira avaliação já é de quase cinco anos e sete meses, com projeção de chegar a 15 anos sem melhorias.

Atrasos alimentam riscos de uso de hormônios sem supervisão e de informações inadequadas disponíveis online. Além disso, há quase inexistência de dados sobre respostas a tratamentos, incluindo hormônios cruzados e suporte psicológico. O serviço de cirurgia fica fora da avaliação.

Levy ressalta que alguns pacientes expressaram insatisfação e reversão de tratamento, mas não há estimativa confiável da proporção de detransição por falta de dados. O relatório recomenda pesquisas robustas e auditorias nacionais para entender resultados.

A equipe indicou que certos distritos participavam de pesquisas nacionais ou internacionais, mas que evidências não foram compartilhadas de forma suficiente durante as visitas. Profissionais relataram dificuldade em conduzir auditorias em uma população vulnerável quanto ao uso de dados.

O relatório também observa mudança no perfil dos pacientes, com maioria entre 18 e 25 anos e maior ocorrência de condições neurodesenvolvimentais, além de saúde mental, trauma e abuso infantil. A reprodução de dados demográficos é dificultada pela ausência de registro de sexo ao nascimento.

Além de dados, o estudo aponta que apenas 31,5% dos pacientes foram dispensados após o tratamento, sugerindo necessidade de auditoria nacional para entender deixas e contatos. A percepção de cuidado varia entre clínicas, com alguns ambientes estimulando contribuições da equipe.

O documento cita que a demanda por serviços é alta e que a previsão de melhoria passa pela ampliação de clínicas, maior investimento e diversas ações de melhoria. Entre 2020-21 e 2024-25, o financiamento não cirúrgico subiu de 16 milhões para 36 milhões de libras.

Recomendações e medidas em curso

Levy apresenta 20 recomendações, entre elas a obrigatoriedade de registrar desfechos com base no sexo de nascimento. A partir de janeiro, será criado um programa nacional de melhoria para serviços de gênero adultos, no qual Levy atuará como coordenador.

O texto indica ainda o aumento de investimentos e a criação de mais clínicas para reduzir filas. Os recursos destinam-se a cuidados não cirúrgicos e a uma supervisão nacional da qualidade dos serviços.

O grupo TransActual recebeu as propostas com ressalvas, apoiando um caminho mais centrado no paciente, mas questionando o fim de autorreconhecimento de encaminhamentos e o ato de exigir avaliação inicial por clínico sênior, para não prejudicar a redução de prazos.

Contexto institucional e próximos passos

Prof. James Palmer afirmou que muitas pessoas esperam por atendimento e que a equidade de acesso deve ser ampliada. O NHS já iniciou ações para ampliar investimento e abrir mais clínicas, com metas baseadas nas recomendações do relatório.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais