Rússia intensifica ataques a Kiev com mísseis e drones após troca de prisioneiros

Ataque Aéreo em Kyiv

Na madrugada deste sábado, Kyiv foi alvo de um intenso ataque aéreo russo, com drones e mísseis, resultando em pelo menos oito feridos e danos significativos a edifícios. O ataque ocorreu logo após o início de uma grande troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia.

O prefeito de Kyiv, Vitali Klitschko, informou que os ataques causaram incêndios e deixaram destroços em várias áreas da cidade. Ele destacou que duas pessoas precisaram de tratamento hospitalar e que as unidades de defesa aérea estavam em operação. Fragmentos de um drone atingiram o topo de um prédio residencial, enquanto explosões e sirenes foram ouvidas em toda a capital.

Contexto da Troca de Prisioneiros

Esse ataque aéreo aconteceu após a conclusão da primeira fase de uma troca de prisioneiros, que envolve a troca de 2.000 pessoas entre os dois países, com 1.000 de cada lado. O acordo foi o principal resultado das negociações em Istambul, onde as partes se encontraram pela primeira vez desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.

As conversas em Istambul foram inicialmente propostas pelo presidente russo Vladimir Putin em resposta a um ultimato de cessar-fogo apresentado por aliados europeus da Ucrânia. No entanto, não houve consenso sobre um cessar-fogo imediato, e tanto o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky quanto Putin não participaram das discussões.

Escalada de Conflito

Os ataques aéreos refletem uma escalada nas hostilidades entre os dois países. A Força Aérea Ucraniana relatou que interceptou vários mísseis e drones, mas ainda assim, a situação permanece crítica. O chefe da administração militar de Kyiv, Timur Tkachenko, mencionou incêndios em prédios e destroços em áreas comerciais.

Zelensky, em suas declarações, enfatizou que a responsabilidade pela continuidade do conflito recai sobre Moscou, que tem ignorado propostas de cessar-fogo. A troca de prisioneiros, embora vista como um passo positivo, não diminui a tensão crescente entre as partes, que continuam a se acusar mutuamente de não estarem comprometidas com a paz.