UE pressiona republicano por solução que garanta segurança a Ucrânia e Europa

A União Europeia (UE) manifestou preocupações em relação à reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin, marcada para esta sexta-feira, no Alasca. Os líderes europeus temem que acordos sobre a Ucrânia sejam discutidos sem a participação do país agredido. A declaração, assinada por 26 dos 27 Estados membros, ressalta a importância de incluir o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, nas negociações.

A declaração enfatiza que a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia tem implicações significativas para a segurança europeia. Os líderes da UE, exceto a Hungria, pedem que a solução diplomática respeite os interesses vitais de segurança da Ucrânia e da Europa. A reunião entre Trump e Putin levanta temores de que possam discutir trocas territoriais, o que poderia comprometer a soberania ucraniana.

Pressão Diplomática

Os líderes europeus, coordenados pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, estão mobilizados para garantir que a posição da UE seja ouvida. Eles afirmam que as fronteiras internacionais não devem ser alteradas pela força e que a Ucrânia deve estar presente em qualquer discussão sobre seu futuro. O chanceler alemão, Friedrich Merz, organizou reuniões para discutir estratégias de apoio à Ucrânia e preparar possíveis negociações de paz.

Trump, por sua vez, não descarta a possibilidade de trocas de terras, afirmando que isso poderia ser "para o bem da Ucrânia". No entanto, tanto Kiev quanto seus aliados europeus insistem que qualquer discussão sobre território deve incluir a participação da Ucrânia. A chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, reafirmou a importância do apoio contínuo à Ucrânia e da imposição de sanções contra a Rússia.

Garantias de Segurança

A questão das garantias de segurança para a Ucrânia é central nas discussões. Os líderes europeus destacam que a resolução do conflito deve incluir compromissos claros para evitar novas agressões russas. Zelenski enfatiza que a prioridade deve ser a interrupção dos combates, com apoio unânime dos líderes europeus. A posição da UE é clara: a agressão não pode ter recompensa e qualquer cessar-fogo deve ser incondicional.