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19 de ago 2025

Rússia busca estreitar laços com os EUA através do Alasca como estratégia geopolítica

Putin e Trump se reúnem em Alaska, local simbólico que pode redefinir a dinâmica entre Rússia e EUA em meio à crise ucraniana

Centro histórico de Sitka (Alasca). Ao fundo, a catedral ultraortodoxa de San Miguel. (Foto: Reprodução)

Centro histórico de Sitka (Alasca). Ao fundo, a catedral ultraortodoxa de San Miguel. (Foto: Reprodução)

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Putin e Trump se encontrarão em Alaska, um local carregado de simbolismo para a Rússia, na próxima sexta-feira. A cúpula, que ocorre pela primeira vez na região, pode influenciar o futuro das relações entre os dois países e a situação na Ucrânia.

A escolha de Alaska não é aleatória. Figuras nacionalistas russas, como o filósofo Alexandr Duguin e o empresário Konstantin Maloféev, expressaram apoio à decisão. Duguin, em seu canal de Telegram, afirmou que a venda de Alaska em 1867 foi um erro e aconselhou Putin a não ceder nada. Maloféev, que esteve envolvido na anexação da Crimeia, considerou a escolha "exótica, mas correta", sugerindo que evita que outros se coloquem como mediadores entre Rússia e EUA.

Historicamente, Alaska foi vendida ao Estados Unidos por 7,2 milhões de rublos de ouro, um movimento que, segundo Maloféev, fortaleceu Washington e despertou os apetites coloniais americanos. A região, colonizada pelo Império Russo no século XVIII, é vista por alguns nacionalistas como parte de uma narrativa de perda territorial. Apesar de não haver reivindicações formais sobre Alaska, a anexação da Crimeia em 2014 demonstrou que a Rússia de Putin não hesita em desrespeitar acordos internacionais.

A cúpula em Alaska ocorre em um contexto de crescente tensão entre Rússia e Ucrânia, com Putin buscando restabelecer uma relação privilegiada com os EUA. O encontro pode ser um passo significativo em um cenário geopolítico complexo, onde a dinâmica entre as potências não é mais bipolar, mas multifacetada, envolvendo também a China.

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