Cuba registra número recorde de presos políticos, aponta novo relatório
Cuba registra 1.176 presos políticos, com aumento da repressão e denúncias de tortura em prisões, segundo a Prisoners Defenders

ONG acusa governo cubano de controlar sistema de justiça e ordenar prisões arbitrárias. (Foto: Eva Marie Uzcategui Trinkl/Anadolu Agency/Getty Images)
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Um levantamento da Prisoners Defenders, ONG com sede na Espanha, revelou que Cuba registrou um aumento alarmante no número de presos políticos, totalizando 1.176 detidos. Em julho, 25 novos casos foram contabilizados, enquanto sete pessoas foram libertadas, incluindo uma que morreu, Yan Carlos González, em greve de fome. O presidente da ONG, Javier Larrondo, destacou que as manifestações por liberdade e direitos se tornaram uma forma de resistência contra um regime que falha em atender às necessidades básicas da população.
Além disso, o caso de Marlon Brando Díaz Oliva, de apenas 20 anos, é emblemático. Ele foi condenado a 18 anos de prisão por sua participação em protestos de 2021. Inicialmente em prisão domiciliar, sua situação foi revertida por "razões ideológicas", segundo Larrondo. O relatório da ONG também aponta que 45 mulheres estão em condições desumanas em prisões, enfrentando torturas e falta de atendimento médico.
Crítica ao Sistema Judiciário
A Prisoners Defenders criticou severamente o sistema judiciário cubano, descrevendo os tribunais como "organizações criminosas" que operam sob a influência do Partido Comunista. O relatório afirma que os juízes e advogados atuam como agentes da Segurança do Estado, fabricando acusações e negando direitos processuais básicos aos réus.
O documento revela que o sistema penal cubano é um "teatro repressivo", onde as sentenças são impostas arbitrariamente. A ONG conclui que a situação dos direitos humanos em Cuba continua a deteriorar-se, com um aumento na repressão e na criminalização de vozes dissidentes.
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