Extrema-direita em Portugal propõe proibição de Moraes após prisão de Bolsonaro

André Ventura, líder do partido Chega em Portugal, anunciou que irá propor ao governo de Luís Montenegro a proibição da entrada do ministro do STF Alexandre de Moraes no país. Ventura alega que Moraes atua como um "braço judicial" de uma suposta ditadura sob Luiz Inácio Lula da Silva, sem apresentar evidências concretas para suas afirmações.

Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, Ventura criticou a decisão de Moraes que resultou na prisão domiciliar do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. O líder do Chega argumenta que a medida foi uma violação da liberdade de expressão, pois Bolsonaro teria apenas utilizado as redes sociais. Contudo, não menciona que o ex-mandatário descumpriu ordens da Corte ao compartilhar conteúdo nas plataformas.

Críticas e Justificativas

Ventura também responsabilizou Lula pelo processo judicial contra Bolsonaro, afirmando que o presidente brasileiro está transformando o Brasil em uma ditadura. A decisão de Moraes foi justificada pelo ministro como uma resposta ao "reiterado descumprimento de medidas cautelares" por parte de Bolsonaro, que ignorou restrições impostas pela Justiça.

Moraes destacou que Bolsonaro participou de uma manifestação em Copacabana, onde fez declarações que poderiam ser interpretadas como uma tentativa de coagir o STF. O ministro enfatizou que a Justiça não permitirá que um réu se sinta impune devido ao seu poder político e econômico.

Consequências e Repercussões

Vale lembrar que Moraes já enfrentou sanções internacionais, incluindo a suspensão de seu visto pelos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump. Ventura, ao propor a proibição da entrada do ministro em Portugal, busca reforçar sua posição política e a narrativa de que há uma perseguição judicial contra Bolsonaro.

A proposta de Ventura deve ser discutida no contexto das relações entre Brasil e Portugal, além de refletir as tensões políticas que envolvem a extrema-direita em ambos os países.