NotíciasPolítica

07 de ago 2025

Foro privilegiado pode passar por mudanças significativas no Brasil

Oposição propõe PEC para acabar com foro privilegiado, anistiar presos e destituir Alexandre de Moraes em meio a pressões sobre Bolsonaro

Parlamentares de oposição fazem ato tampando a boca com esparadrapo durante sessão da Câmara dos Deputados (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Parlamentares de oposição fazem ato tampando a boca com esparadrapo durante sessão da Câmara dos Deputados (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Ouvir a notícia

Foro privilegiado pode passar por mudanças significativas no Brasil - Foro privilegiado pode passar por mudanças significativas no Brasil

0:000:00

A oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva intensificou a discussão sobre o fim do foro privilegiado, propondo uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) como parte de um "pacote da paz". Essa proposta inclui também a anistia a presos e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, visando beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O foro privilegiado, que permite que autoridades públicas sejam julgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), já passou por diversas mudanças interpretativas. Em 2018, o STF restringiu o foro a crimes cometidos durante o exercício do cargo e que tenham relação com a função. No entanto, uma nova interpretação em 2025 reafirmou que o foro se mantém mesmo após o término do mandato, caso o crime tenha sido cometido durante o exercício da função.

A proposta da oposição surge em um contexto de crescente pressão sobre Bolsonaro, que enfrenta medidas cautelares mais rigorosas. Recentemente, o ex-presidente teve prisão domiciliar decretada por Moraes, após ser considerado culpado por violar restrições de comunicação. A PEC, se aprovada, poderia transferir casos como o de Bolsonaro para a primeira instância, prolongando o processo judicial e permitindo mais recursos.

Implicações Políticas

A discussão sobre o fim do foro privilegiado levanta questões sobre a moralidade das ações do Legislativo. Embora a mudança possa ser vista como uma tentativa legítima de reforma, a percepção pública é de que políticos buscam se proteger. Uma pesquisa revelou que 78% dos entrevistados acreditam que o Congresso atua em causa própria.

Juristas, como Jean Menezes de Aguiar, afirmam que a proposta pode ter mais impacto político do que jurídico, especialmente no caso de Bolsonaro, cujo processo já está em fase avançada. A mudança nas regras não se aplicaria a processos em andamento, o que limita a eficácia da PEC no contexto atual.

A situação reflete a complexidade das relações entre os poderes Executivo e Legislativo em um Brasil polarizado, onde a busca por justiça e a proteção de interesses políticos se entrelaçam.

Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela