Juliana, vítima de agressão em elevador, clama por justiça e mudança social
Brasil registra recorde de feminicídios em 2024, com aumento alarmante de casos e desafios na proteção às vítimas.

Imagem gravada por câmera de segurança mostra vítima caída após receber mais de 60 socos do namorado agressor dentro do elevador, em Natal (Foto: Reprodução)
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A violência contra a mulher no Brasil atinge níveis alarmantes, com 1.492 feminicídios registrados em 2024, o maior número da história. O caso de Juliana Garcia dos Santos, brutalmente espancada por seu namorado em um elevador em Natal, ilustra essa realidade. O agressor, Igor Eduardo Pereira Cabral, desferiu 61 socos em Juliana, que sobreviveu graças à intervenção de moradores e do porteiro.
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam que as tentativas de feminicídio também aumentaram, com 3.870 casos em 2024, um crescimento de 19%. O perfil das vítimas é alarmante: 63% são mulheres negras e cerca de 70% têm entre 18 e 44 anos. A maioria dos crimes ocorre dentro de casa, e 97% dos agressores são homens, sendo que em 8 a cada 10 casos, o autor é um companheiro ou ex-companheiro.
Desafios na Implementação de Políticas
Apesar de marcos legais como a Lei Maria da Penha, que completou 19 anos em 7 de agosto, a implementação de políticas públicas enfrenta desafios significativos. Em 2024, houve um aumento de 6,6% nas medidas protetivas concedidas, mas as violações por parte dos agressores cresceram 10,8%. O número de atendimentos relacionados à violência doméstica ultrapassa 1 milhão, com dois acionamentos por minuto no número de emergência 190.
A cultura de misoginia e a naturalização da violência de gênero permanecem entrincheiradas na sociedade. Casos como o de Juliana não são exceções, mas refletem uma realidade que exige atenção. A luta contra a violência de gênero é uma questão de direitos humanos, e a sociedade deve se mobilizar para garantir a segurança e dignidade das mulheres.
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