PP expressa desconforto com veto ao islamismo em Jumilla
PP de Jumilla aprova norma que proíbe celebrações islâmicas em instalações esportivas, gerando polêmica e críticas de diversos setores

O secretário geral do Partido Popular, Miguel Tellado, em rueda de prensa, este miércoles. (Foto: ZIPI ARAGON/EFE)
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Após as eleições municipais e autonômicas de 2023, o Partido Popular (PP) conquistou a governança em mais de 3.200 municípios e 12 comunidades, muitas vezes em coalizão com o Vox. Recentemente, o PP de Jumilla, uma cidade com 27.200 habitantes, aprovou uma norma que proíbe celebrações islâmicas em instalações esportivas, gerando polêmica e críticas.
A decisão, que surgiu em resposta a uma proposta do Vox, foi apoiada pela liderança do PP, o que levou a uma série de reações negativas, incluindo da Conferência Episcopal e da oposição. A alcaldesa Seve González defendeu a medida, afirmando que a prioridade é a preservação das tradições e identidade locais. A norma foi vista como uma forma de fortalecer a agenda do Vox, que já havia pressionado por políticas mais rígidas em relação à imigração e à cultura.
A situação em Jumilla provocou um debate interno no PP, com alguns líderes expressando preocupação sobre a estratégia adotada. A norma não menciona explicitamente "islã" ou "muçulmanos", mas a interpretação da medida gerou desconforto entre os membros do partido. O secretário geral do PP, Miguel Tellado, e outros dirigentes tentaram minimizar a controvérsia, mas a pressão da mídia e a polarização política em torno do tema continuam a crescer.
A decisão em Jumilla pode ter repercussões em outras localidades, especialmente em regiões onde o PP e o Vox têm influência. O Vox, por sua vez, se posiciona como defensor da identidade espanhola, utilizando a questão para mobilizar seu eleitorado e criticar a esquerda. A situação reflete um cenário de crescente polarização política na Espanha, onde a discussão sobre imigração e identidade cultural se torna cada vez mais central.
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