Governo espanhol critica medida que limita festas muçulmanas e aponta racismo
A proibição de celebrações muçulmanas em Jumilla gera críticas e acirra tensões sobre imigração e multiculturalismo na Espanha

O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez participa de uma entrevista coletiva na embaixada da Espanha em Pequim, após se reunir com o presidente chinês Xi Jinping. (Foto: Pedro Pardo/AFP)
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A cidade de Jumilla, na Espanha, aprovou uma medida que proíbe a realização de celebrações muçulmanas em espaços públicos, gerando forte repercussão. A decisão, respaldada pelo Partido Popular (PP), foi criticada pelo governo espanhol, que a classificou como "absolutamente racista".
A nova regra, aprovada na última semana, impede o uso de instalações esportivas para eventos religiosos, afetando diretamente a comunidade muçulmana local, que representa cerca de 7,5% da população de 27 mil habitantes. A ministra das Migrações, Elma Saiz, afirmou que a medida é uma afronta à convivência pacífica e à diversidade cultural da região.
Reações e Críticas
Organizações religiosas, tanto muçulmanas quanto católicas, manifestaram descontentamento. O secretário da Comissão Islâmica da Espanha, Mohamed Ajana El ouafi, destacou que a decisão prejudica a identidade plural do país. Ele afirmou que a proibição é um ataque direto à comunidade muçulmana, que tem contribuído para a sociedade espanhola por décadas.
O PP defendeu a medida como uma simples "modificação legal", sem relação com questões religiosas. No entanto, o partido de extrema direita Vox comemorou a aprovação, alegando que a Espanha deve preservar suas raízes cristãs. A proposta inicial do Vox era ainda mais restritiva, buscando proibir todas as celebrações muçulmanas.
Contexto de Tensão
A polêmica em Jumilla se insere em um cenário mais amplo de tensões sobre imigração e multiculturalismo na Espanha. Recentemente, confrontos entre grupos de direita e migrantes ocorreram na região de Murcia, intensificando o discurso de intolerância. A decisão da prefeitura reflete um padrão de políticas restritivas em várias partes da Europa, onde minorias religiosas enfrentam crescente discriminação.
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