Zelensky critica reunião entre Trump e Putin em meio a tensões globais

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou a reunião agendada entre os líderes dos Estados Unidos e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, marcada para 15 de setembro no Alasca. Zelensky afirmou que decisões sobre a Ucrânia tomadas sem a participação do país são ineficazes e "natimortas". Ele enfatizou que a paz deve ser digna e respeitada, rejeitando qualquer proposta que envolva a cessão de territórios ocupados.

Zelensky expressou sua preocupação com a possibilidade de um acordo que envolva o congelamento do conflito em troca da suspensão de sanções contra a Rússia. "Não vamos recompensar a Rússia pelo que ela perpetrou", declarou, ressaltando que a responsabilidade de encerrar a guerra recai sobre Moscou, que a iniciou. O presidente ucraniano reafirmou que "os ucranianos não cederão seu território ao ocupante".

Críticas à Reunião

A escolha do Alasca como local para a reunião também foi criticada por Zelensky, que considerou a distância do conflito como um fator negativo. A reunião foi confirmada após a visita do enviado dos EUA, Steve Witkoff, a Moscou, onde discutiu a situação da guerra. Fontes indicam que Trump e Putin devem abordar uma proposta russa que sugere que o leste da Ucrânia fique sob controle da Rússia em troca do fim do conflito.

Zelensky, que havia solicitado sua presença em cúpulas sobre a guerra, reiterou que a resposta à questão territorial está contida na Constituição ucraniana. Ele afirmou que "ninguém se desviará dela", enfatizando a posição firme da Ucrânia em não ceder territórios como Crimeia, Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson.

O presidente ucraniano concluiu sua mensagem expressando disposição para trabalhar com Trump e outros parceiros em busca de uma paz real e duradoura, que não esteja sujeita à vontade da Rússia.