Nikolas Ferreira solicita autorização para visitar Bolsonaro em prisão domiciliar

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) protocolou nesta segunda-feira, 11 de setembro, um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se encontra em prisão domiciliar desde 4 de outubro. Nikolas sugeriu que a visita ocorra entre os dias 12 e 13 de setembro e solicitou esclarecimentos sobre as condições do encontro.

Além de Nikolas, outros aliados de Bolsonaro, como o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) e o vice-presidente do PL em Goiás, Fred Rodrigues, também solicitaram autorização para visitar o ex-presidente. Moraes ainda está avaliando as solicitações, que refletem o apoio contínuo a Bolsonaro em meio a sua situação legal.

Apoio e Expectativas

Desde a decretação da prisão domiciliar, diversos pedidos de visita foram feitos por parlamentares e aliados, demonstrando preocupação e apoio ao ex-mandatário. Entre os que já tiveram suas solicitações aceitas estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o presidente do PP, Ciro Nogueira. Contudo, outros pedidos, como os de senadores e deputados, ainda aguardam resposta.

A situação de Gustavo Gayer, deputado federal do PL-GO, é distinta, pois seu pedido foi negado devido a investigações em andamento que o envolvem. A decisão de Moraes se baseou na necessidade de evitar qualquer interação que possa comprometer as investigações.

Contexto Político

A movimentação para visitar Bolsonaro ocorre em um cenário de distanciamento entre Nikolas e o clã Bolsonaro. Recentemente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, criticou a falta de engajamento do deputado em questões relevantes para o grupo. A relação entre eles foi descrita como uma "geladeira", refletindo tensões internas.

Se a visita for autorizada, ela se insere em uma estratégia mais ampla de Bolsonaro para manter influência na oposição, mesmo sob prisão domiciliar. O ex-presidente planeja receber figuras proeminentes da direita e do PL para discutir estratégias políticas, buscando fortalecer sua atuação em meio a divisões internas.