Lula dialoga com líderes globais após aumento de tarifas de Trump
Lula busca diversificar relações comerciais do Brasil e propõe mediação no conflito Rússia Ucrânia em meio a tarifas dos EUA

Os presidentes Xi e Lula, o passado maio em Pequín. (Foto: CONTACTO via Europa Press)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificou sua agenda diplomática após a imposição de tarifas de 50% pelos Estados Unidos, que visam pressionar a justiça brasileira. Na última segunda-feira, Lula conversou com líderes de potências como China, Rússia e Índia, buscando fortalecer laços comerciais e discutir temas relevantes, como a mediação no conflito Rússia-Ucrânia e a cúpula climática da ONU, que ocorrerá em Belém.
Durante a conversa com o presidente chinês, Xi Jinping, Lula destacou a disposição de ambos os países em explorar novas oportunidades comerciais. A conversa, que durou uma hora, foi uma resposta à necessidade de diversificação das relações comerciais do Brasil, especialmente em um cenário de pressão política dos EUA. O governo brasileiro considera essa diversificação uma estratégia eficaz para mitigar os impactos das tarifas impostas por Donald Trump.
Lula também se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, em chamadas que abordaram não apenas questões comerciais, mas também a busca por soluções para o conflito na Ucrânia. O Brasil se ofereceu como mediador, embora ainda não tenha obtido sucesso nesse papel. A conversa com Modi, que durou uma hora, foi particularmente significativa, já que tanto Brasil quanto Índia enfrentam os mesmos desafios tarifários impostos pelos EUA.
Foco em Novos Mercados
A estratégia de Lula inclui ampliar o comércio com a União Europeia e países asiáticos, além de estreitar laços econômicos com México e Colômbia. O embaixador Celso Amorim, principal assessor de Lula em assuntos internacionais, enfatizou que as negociações vão além dos parceiros do BRICS, buscando uma rede mais ampla de aliados comerciais.
Além das questões econômicas, Lula também abordou a cúpula climática da ONU, a COP 30, que será realizada em novembro na Amazônia. O presidente brasileiro está empenhado em persuadir seus aliados a se comprometerem com resultados significativos, especialmente após a retirada dos EUA do Acordo de Paris. A diplomacia brasileira, portanto, se articula em múltiplas frentes, visando não apenas a defesa econômica, mas também um papel ativo nas discussões climáticas globais.
Tags: #diplomacia #meio-ambiente #pesquisa #descobertas #relações internacionais #geopolítica #economia
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