Auditor acusado de corrupção recebe R$ 33,8 mil e tira licenças-prêmio consecutivas
Auditor fiscal é acusado de desvio de R$ 1 bilhão e investigações revelam crescimento patrimonial suspeito de sua mãe em consultoria.

Auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, apontado por promotor do MP-SP como coringa em suposto esquema de fraudes do ICMS (Foto: Divulgação)
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O auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto foi preso na terça-feira (13) pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), acusado de liderar um esquema de corrupção que envolvia propinas de empresas como Ultrafarma e Fast Shop. O esquema manipulava créditos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), resultando em um desvio estimado em R$ 1 bilhão.
Artur, que ocupa o cargo de supervisor na Diretoria de Fiscalização da Sefaz-SP, recebia um salário bruto de R$ 33,8 mil. Em troca de propinas, ele facilitava o recebimento de créditos tributários, autorizando valores superiores aos devidos. Além dele, foram presos o empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, e o diretor da Fast Shop, Mário Otávio Gomes.
Crescimento Patrimonial Suspeito
As investigações revelaram que Artur utilizava serviços de cibersegurança para ocultar ativos ilícitos. Sua mãe, sócia da consultoria Smart Tax, viu seu patrimônio saltar de R$ 411 mil em 2021 para R$ 2 bilhões em 2023. Os promotores acreditam que os valores das propinas eram transferidos para essa consultoria, levantando suspeitas sobre a origem do enriquecimento.
Artur, graduado em engenharia pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), foi descrito pelos promotores como um “gênio do crime”. Ele orientava executivos e preparava documentos para a Sefaz-SP, acelerando processos de ressarcimento. A operação, chamada Ícaro, também revelou que o auditor tinha controle sobre a documentação necessária para a liberação de créditos.
Licenças e Ausências
Nos últimos meses, Artur se ausentou frequentemente do trabalho, tirando férias e licenças-prêmio em períodos próximos. Essa conduta levantou suspeitas entre os investigadores. O MP-SP possui um volume extenso de provas e acredita que outros servidores da Sefaz-SP possam estar envolvidos no esquema.
A Sefaz-SP afirmou que está colaborando com as investigações e instaurou um procedimento administrativo para apurar a conduta do servidor. A Fast Shop declarou que está analisando o conteúdo da investigação e colaborando com as autoridades. A defesa de Artur ainda não foi localizada.
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