Auditor da Fazenda é acusado de ser peça-chave em esquema de fraudes fiscais
Auditor fiscal preso pode revelar esquema de corrupção que envolve até R$ 40 bilhões em créditos de ICMS e delação premiada em andamento

Ultrafarma localizada na Vila Buarque em São Paulo (Foto: Rafaela Araújo/Folhapress)
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O auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto foi preso na Operação Ícaro, que investiga um esquema de corrupção relacionado à liberação de créditos de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços). As investigações apontam que o esquema pode ter movimentado até R$ 10 bilhões em propinas, com o auditor atuando como um operador central.
Novas evidências revelam que Artur mantinha contatos com empresas como Oxxo e Rede 28, além de ter ligações diretas com Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, e Mário Otavio Gomes, diretor da Fast Shop, ambos também presos. O promotor do MP-SP, João Ricupero, destacou que Artur não apenas liberava créditos maiores do que os devidos, mas também gerenciava todo o processo, desde a documentação até a autorização da venda dos créditos.
Detalhes da Operação
Ricupero afirmou que o auditor utilizava a identidade digital da Ultrafarma para protocolar pedidos e acompanhar sua tramitação. O esquema envolvia a aprovação de valores inflacionados, com Artur recebendo propinas atreladas à diferença entre o valor apurado pelas empresas e o valor efetivamente liberado. Documentos apreendidos indicam que as empresas informavam os valores corretos, enquanto Artur liberava quantias significativamente superiores.
Durante a operação, foram apreendidos R$ 1 milhão, US$ 10 mil e 600 euros, além de esmeraldas. A Justiça decidiu manter a prisão temporária dos envolvidos para evitar obstruções nas investigações. O MP-SP continua a analisar o material apreendido e busca identificar outros empresários que possam ter se beneficiado do esquema.
Possibilidade de Delação
Artur Gomes manifestou interesse em um acordo de delação premiada, o que poderia levar à apresentação de novas provas sobre a participação de outras empresas no esquema. O MP investiga que as fraudes podem ter beneficiado diversas companhias, com estimativas de que os créditos acumulados cheguem a R$ 40 bilhões. A operação foi deflagrada em resposta ao risco de vazamento de informações, e os promotores seguem em busca de mais evidências.
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