Fachin é eleito presidente do STF em eleição simbólica com Moraes como vice

O Supremo Tribunal Federal (STF) elegeu Edson Fachin como novo presidente da Corte, sucedendo Luís Roberto Barroso. A votação ocorreu nesta quarta-feira, 13 de agosto, e a posse está marcada para 29 de setembro de 2025. Fachin, que é o ministro mais antigo sem ter ocupado a presidência, liderará o tribunal até 2027, período que inclui as eleições presidenciais de 2026.

A escolha de Fachin foi feita de forma simbólica, com 10 votos a 1, seguindo a tradição do STF. Alexandre de Moraes foi eleito vice-presidente, consolidando uma parceria que já se mostrou eficaz durante a presidência de Fachin no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022. A nova gestão se inicia em um momento crucial, com a expectativa de que Fachin mantenha uma postura firme em defesa da independência do Judiciário.

Fachin é conhecido por seu perfil técnico e por sua atuação em defesa institucional. Recentemente, ele condenou as tentativas de erosão democrática e destacou a importância de proteger os direitos humanos na América Latina. O novo presidente já se destacou no combate à desinformação e à pauta do voto impresso durante sua passagem pelo TSE.

Mudanças na Composição do STF

Com a nova presidência, Barroso se transferirá para a Segunda Turma, onde irá julgar casos remanescentes da Lava-Jato. Essa mudança é significativa, pois Barroso já teve desavenças públicas com outros membros da turma, como Gilmar Mendes. A transição entre as equipes de Barroso e Fachin já estava em andamento antes da eleição, refletindo a dinâmica interna do tribunal.

A gestão de Fachin será observada de perto, especialmente em um cenário eleitoral conturbado. A expectativa é que ele priorize a colegialidade e o diálogo, mantendo a integridade do Judiciário em tempos de pressão. A nova liderança do STF enfrentará desafios significativos, e a atuação de Fachin será fundamental para a estabilidade da Corte nos próximos anos.