Arce altera comando militar na Bolívia antes das eleições presidenciais decisivas
Luis Arce renova alto comando militar três dias antes das eleições, visando garantir estabilidade em meio à crise econômica e à liderança da direita nas pesquisas

O presidente da Bolívia, Luis Arce, discursa durante a comemoração do 146º aniversário da Batalha de Calama, em maio deste ano (Foto: Aizar Raldes - 13.mai.25/AFP)
Ouvir a notícia:
Arce altera comando militar na Bolívia antes das eleições presidenciais decisivas
Ouvir a notícia
Arce altera comando militar na Bolívia antes das eleições presidenciais decisivas - Arce altera comando militar na Bolívia antes das eleições presidenciais decisivas
O presidente da Bolívia, Luis Arce, anunciou nesta quinta-feira (14) a renovação completa do alto comando militar, a apenas três dias das eleições presidenciais. A mudança ocorre em um contexto de crise econômica, com alta inflação e escassez de dólares, que afeta a população. Arce enfatizou a importância de garantir a paz e a governabilidade do país, especialmente em um momento em que candidatos de direita lideram as intenções de voto.
Os novos comandantes militares têm a missão de assegurar a estabilidade dos governos democraticamente eleitos. O contra-almirante Gustavo Anibarro assume o comando das Forças Armadas, enquanto outras chefias também foram alteradas, incluindo o general Mario Sempertegui no Estado Maior e Pablo Delgadillo no Exército. A última renovação da cúpula militar ocorreu em outubro de 2024, em meio a protestos de apoiadores de Evo Morales.
As eleições, marcadas para este domingo, 17 de agosto, apresentam um cenário desafiador para o partido governante, o Movimento ao Socialismo (MAS). Dois candidatos de direita, Samuel Doria Medina e Jorge "Tuto" Quiroga, estão à frente nas pesquisas, com 21,2% e 20% das intenções de voto, respectivamente. Ambos prometem mudanças significativas na política econômica, visando desmontar as estratégias estatistas implementadas nos últimos 20 anos.
A inflação anual na Bolívia atingiu 24,8% em julho, e a escassez de dólares e combustíveis tem gerado dificuldades para as classes média e baixa. Arce, que não buscará reeleição, declarou a necessidade de respeitar o processo democrático e resolver as diferenças nas urnas. A tensão política é palpável, com Evo Morales, ex-presidente e líder do MAS, organizando protestos contra o governo atual, o que levanta preocupações sobre a estabilidade do país após as eleições.
Tags: #presidente #relações internacionais #geopolítica #governo #eleições #Conflitos #presidente #relações internacionais #corrupção #governo #eleições #Conflitos
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.