Bolívia decide nas urnas futuro da esquerda em meio à crise econômica profunda
A direita se destaca nas intenções de voto, enquanto o MAS enfrenta sua maior crise política e econômica em duas décadas

Cartaz de um dos candidatos à Presidência da Bolívia, Jorge "Tuto" Quiroga Ramirez, em poste nas ruas de La Paz (Foto: Jorge Bernal/AFP)
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A Bolívia se prepara para um potencial giro político nas eleições presidenciais de 17 de outubro de 2023, com a direita liderando as intenções de voto. O Movimento ao Socialismo (MAS), que dominou a política por quase 20 anos, enfrenta uma grave crise econômica, marcada por inflação de 25% e escassez de combustíveis.
As pesquisas indicam que o empresário Samuel Doria Medina (Aliança Unidade) lidera com 21% das intenções de voto, seguido pelo ex-presidente Jorge "Tuto" Quiroga (Aliança Livre), com 20%. Os candidatos do MAS, como Andrónico Rodríguez e Eduardo del Castillo, têm apoio marginal, com apenas 5,5% e menos de 1%, respectivamente.
A insatisfação popular é palpável. O motorista Simón Vega, de 55 anos, expressa que a sociedade não se vê representada nos candidatos. A crise econômica, com filas em postos de gasolina e aumento dos preços de alimentos, permeia as discussões eleitorais. A falta de investimentos na exploração de hidrocarbonetos, que sustentavam a economia, contribuiu para a atual situação.
Desafios para o MAS
O MAS, que teve Evo Morales como figura central, enfrenta sua eleição mais desafiadora. O atual presidente Luis Arce não se candidatará, e a divisão interna do partido se agrava. Morales, barrado da disputa, pede que seus apoiadores anulem o voto, o que pode comprometer a presença da esquerda no segundo turno.
Os candidatos da direita prometem soluções para a crise. Doria Medina planeja um ajuste econômico em cem dias, enquanto Quiroga defende reformas liberais e a reativação da indústria do gás. Ambos representam uma mudança significativa em relação às políticas do MAS.
Expectativas Eleitorais
Com cerca de 30% de eleitores indecisos, a eleição não é apenas uma disputa entre candidatos, mas um reflexo de um sistema eleitoral desgastado. O novo presidente terá que lidar com um país em crise, e a capacidade de implementar reformas eficazes será crucial para a governabilidade. A nova composição do Congresso, que também será eleita, será determinante para o futuro político da Bolívia.
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