EUA enviam 4 mil militares para combater cartéis na América Latina
EUA mobilizam 4 mil fuzileiros navais e submarino nuclear para combater cartéis de drogas, enquanto México rejeita intervenção externa

Presidente Donald Trump embarca no Air Force One no Aeroporto Internacional Lehigh Valley, Pensilvânia (Foto: Haiyun Jiang/The New York Times)
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A Marinha dos Estados Unidos iniciou a mobilização de mais de 4 mil fuzileiros navais e marinheiros para a América Latina e o Caribe, com o objetivo de intensificar a luta contra cartéis de drogas. A operação foi confirmada por autoridades de defesa americanas e inclui um submarino nuclear, além de aeronaves de reconhecimento e destróieres.
A movimentação ocorre enquanto a presidente do México, Claudia Sheinbaum, está em viagem à Guatemala. Ela afirmou que a operação acontece em águas internacionais e não configura uma intervenção. A mobilização faz parte de um reposicionamento mais amplo de ativos militares na área do Comando Sul dos EUA (Southcom), que já está em andamento há três semanas.
Objetivos da Mobilização
O contingente militar é composto pelo Grupo Anfíbio de Prontidão e pela 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais. As autoridades indicam que a ação visa combater o tráfico de drogas e pressionar o governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro. Um oficial do governo destacou que os recursos adicionais têm como foco enfrentar ameaças à segurança nacional dos EUA, especialmente de organizações narcoterroristas.
Recentemente, o presidente Donald Trump assinou uma diretiva que autoriza o uso de força militar contra cartéis de drogas latino-americanos, considerados terroristas. Essa decisão representa uma escalada na abordagem do governo dos EUA em relação ao combate ao tráfico, tradicionalmente uma responsabilidade das autoridades policiais.
Reações e Implicações
A mobilização gerou reações na América Latina, com a presidente Sheinbaum enfatizando a importância da autodeterminação dos povos. Ela destacou que o México não aceitará intervenções externas, reafirmando que a única autoridade no país é o povo mexicano.
No Pentágono, há preocupações sobre a eficácia dos fuzileiros navais para operações antidrogas, uma função que geralmente cabe à Guarda Costeira. A presença militar deve se estender por vários meses, refletindo o crescente interesse dos EUA em garantir acesso ao canal do Panamá, considerado estratégico para o comércio global.
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