Manifestantes protestam em D.C. contra ações de Trump e operação anti-sem-teto
Protestos em Washington, D.C., reagem à mobilização da Guarda Nacional e à federalização da polícia, enquanto o controle federal se expande

Manifestantes se reúnem em Dupont Circle, em Washington, D.C., contra mobilização de forças federais na capital dos EUA por Donald Trump. 11/08/2025 (Foto: Tasos Katopodis/Getty Images)
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Mais de 100 manifestantes se reuniram em Washington, D.C., na quinta-feira, 14, para protestar contra a mobilização da Guarda Nacional e a federalização da polícia local, ações anunciadas pelo presidente Donald Trump. O protesto ocorreu em meio a operações federais que visavam remover acampamentos de moradores de rua e realizar blitz de trânsito. Durante a manifestação, ao menos uma mulher foi presa, enquanto os participantes gritavam frases como “saiam de nossas ruas”.
As operações federais incluíram a abordagem de motoristas por infrações menores, como lanternas traseiras quebradas. A polícia municipal também começou a retirar sem-teto das ruas, levando defensores dos desabrigados a alertar sobre a falta de leitos em abrigos. Amber Harding, diretora da Clínica Jurídica de Washington para os Sem-teto, destacou que a situação é “caótica e assustadora” para os vulneráveis da cidade.
Trump justificou a mobilização federal alegando que a criminalidade em Washington está “no pior momento da história”, embora dados do Departamento de Polícia Metropolitana indiquem uma queda de 7% na criminalidade geral e uma redução de 26% em crimes violentos. O presidente acusou as autoridades locais de fornecerem “estatísticas falsas” e afirmou que os dados estão “sob investigação”.
Ações Federais e Resistência
Cerca de 800 soldados da Guarda Nacional foram deslocados para a cidade, com o Departamento de Defesa informando que cerca de 200 militares estariam nas ruas para apoiar as forças policiais. Desde o anúncio da federalização, mais de 100 prisões foram realizadas, com o Departamento de Polícia Metropolitana confirmando 217 detenções desde segunda-feira.
A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, nomeou Terry Cole, chefe da DEA, como “comissário de polícia de emergência” de Washington, aumentando o controle federal sobre a cidade. Essa medida gera incertezas sobre a autonomia da polícia local, que agora precisa da aprovação de Cole para emitir ordens.
Trump sugeriu que pode tentar estender o controle federal sobre a polícia, mas isso exigiria autorização do Congresso, algo que enfrenta resistência. O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmou que seu partido não apoiará essa iniciativa. Caso o Congresso não conceda a extensão, Trump indicou que poderia declarar estado de emergência para manter o controle federal.
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