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18 de ago 2025

Gestão Nunes estabelece prazo para saída da companhia do Teatro de Contêiner

Prefeitura notifica Companhia Mungunzá para desocupar Teatro de Contêiner em 15 dias, enquanto luta por alternativas e apoio cultural se intensifica

Teatro de contêiner, que recebeu ordem de despejo do local em que ocupa para a construção de um prédio de moradia popular (Foto: Danilo Verpa - 11-mai-2025/Folhapress)

Teatro de contêiner, que recebeu ordem de despejo do local em que ocupa para a construção de um prédio de moradia popular (Foto: Danilo Verpa - 11-mai-2025/Folhapress)

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A Companhia Mungunzá recebeu uma nova notificação da prefeitura de São Paulo para desocupar o Teatro de Contêiner, localizado na Luz, em um prazo de 15 dias. O documento, assinado pelo subprefeito da Sé, coronel Salles, menciona o uso de "gradação coercitiva" para a desocupação, alegando que o terreno será destinado a um projeto habitacional.

Desde 2016, a companhia ocupa o espaço, que foi inaugurado em 2017. A primeira ordem de despejo foi emitida em maio, e o grupo teve seu pedido de defesa negado em junho. A prefeitura afirma que o canal de diálogo permanece aberto, mas as propostas de relocação feitas pela companhia foram rejeitadas. O subprefeito destacou que a área é pública e que o grupo deve deixar o local até 21 de agosto.

Propostas de Relocação

Os integrantes da Companhia Mungunzá tentaram sugerir alternativas que permitissem a continuidade de suas atividades, incluindo a manutenção do teatro no mesmo local, mas com espaço para a construção de um prédio residencial. Eles também apresentaram quatro sugestões de novos endereços, mas a prefeitura negou duas delas, alegando que pertencem ao governo estadual.

A companhia, que já tem 60 apresentações agendadas até dezembro, busca uma solução que não comprometa suas atividades. Em nota, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e a presidente da Funarte, Maria Marighella, solicitaram ao prefeito uma extensão do prazo de desocupação para 180 dias, visando mitigar o impacto da mudança.

Investigação do Ministério Público

A gestão do prefeito Ricardo Nunes é alvo de um inquérito civil do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por possíveis irregularidades na primeira ordem de despejo. O promotor Paulo Destro ressalta a importância de preservar o patrimônio cultural e critica a falta de diálogo com os artistas e grupos que utilizam o espaço. A área estava em desuso antes da ocupação da companhia, que se tornou um importante ponto cultural na região.

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