Gestão Nunes descarta prorrogação do prazo para despejo do Teatro de Contêiner
Prefeitura nega prorrogação e inicia remoção do Teatro de Contêiner, enquanto artistas pedem permanência até dezembro para 60 apresentações

Movimentação na área do Teatro de Contêiner, na noite desta terça-feira (19) (Foto: Rafaela Araújo/Folhapress)
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A Prefeitura de São Paulo negou, nesta terça-feira (19), o pedido de prorrogação do prazo de desocupação do Teatro de Contêiner, gerido pela companhia Munguzá de Teatro. O espaço, que ocupa um terreno público na região central desde 2016, recebeu notificações de desocupação a partir de maio de 2024. A administração municipal alega que a ocupação é irregular e que o local faz parte de um projeto de revitalização que inclui habitações e áreas de lazer.
A última notificação para desocupação foi recebida em 6 de agosto, com prazo de 15 dias para saída, o que significa que o grupo deve deixar o local até a próxima quinta-feira (21). A gestão de Ricardo Nunes (MDB) afirma ter oferecido duas áreas para realocação, sendo uma delas três vezes maior que o espaço atual. A prefeitura já investiu R$ 2,5 milhões em apoio às atividades do Munguzá.
Situação Atual
Os integrantes da companhia, no entanto, enfrentam dificuldades. Além da negativa do pedido de prorrogação, a Guarda Civil Metropolitana iniciou a remoção dos artistas do local. O grupo também relatou cortes no fornecimento de água, o que impactou suas atividades, especialmente com a presença de crianças de escolas públicas em seus eventos. Desde o início da ameaça de despejo, o teatro já recebeu mais de 2 mil pessoas.
Os artistas pedem a permanência no espaço até o final do ano, já que possuem 60 apresentações programadas até 20 de dezembro. A situação se agravou quando a Guarda Civil esteve no local para retirar os integrantes, que utilizavam um prédio adjacente como estoque de materiais. A presença policial foi considerada excessiva pelos artistas, que tentaram negociar a permanência.
Investigação
A administração municipal, incluindo o subprefeito e secretários, é alvo de um inquérito civil do Ministério Público de São Paulo. A investigação apura possíveis irregularidades relacionadas à primeira ordem de despejo, emitida em maio. O MP questiona a falta de informações detalhadas sobre o projeto habitacional que a prefeitura pretende implementar na área.
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