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19 de ago 2025

Ucrânia afirma que renunciar a Donbás e Crimea exigiria reformas complexas

Ucrânia descarta reforma constitucional para atender exigências russas e se prepara para guerra prolongada até 2026

Foto: OLIVIER HOSLET (EFE)

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O governo da Ucrânia enfrenta um impasse em relação às exigências da Rússia sobre a renúncia à soberania da Crimeia e do Donbás. O ministro de Justiça, German Galushchenko, declarou que a reforma constitucional necessária para atender a essas demandas é "praticamente impossível". Segundo ele, a mudança das fronteiras exigiria um complexo processo legislativo, incluindo dois debates parlamentares e a aprovação de dois terços da Câmara.

A Constituição ucraniana reafirma que "Crimeia é Ucrânia", uma posição que o governo mantém firmemente. O presidente Volodímir Zelenski já havia alertado que as exigências territoriais russas violam a Constituição. Em meio a esse cenário, o governo ucraniano prevê que a guerra com a Rússia deve continuar até 2026, sem perspectivas de um acordo de paz imediato.

Desdobramentos Políticos

A situação se complica ainda mais com a pressão internacional. O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu que a Ucrânia deve considerar a renúncia a algumas regiões. Galushchenko e outros líderes políticos ucranianos, como Oleksii Goncharenko, enfatizam que a modificação constitucional não pode ocorrer enquanto a lei marcial estiver em vigor, o que impede qualquer discussão sobre a mudança de território.

Além disso, o ministro de Economia, Oleksii Sobolev, afirmou que "ninguém entregará Donetsk", reforçando que a região é considerada um território ocupado temporariamente. O governo ucraniano está se preparando para um cenário de guerra prolongada, necessitando de mais de 38.500 milhões de euros em ajuda financeira da União Europeia e dos Estados Unidos para os anos de 2025 e 2026.

Expectativas Futuras

Apesar das dificuldades, o chefe da diplomacia ucraniana, Andrii Sibiga, expressou otimismo em relação a possíveis avanços nas negociações de paz. Ele destacou que a unidade entre a Ucrânia e seus aliados é crucial para enfrentar a situação atual. No entanto, a recusa de Trump em aceitar a adesão da Ucrânia à OTAN, uma exigência de Putin, adiciona mais complexidade ao cenário político.

A Ucrânia continua a se preparar para um futuro incerto, enquanto as tensões com a Rússia permanecem elevadas e as perspectivas de paz parecem distantes.

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