Mudança na tradição papal marca início do pontificado sem coroação neste domingo

Neste domingo, o Papa Leão XIV celebra a missa de inauguração de seu pontificado às 10h, na Praça de São Pedro, no Vaticano. A cerimônia, que marca o início oficial do seu mandato, segue a tradição atual que não inclui a coroação papal com a tiara, prática descontinuada há mais de 60 anos.

A última coroação ocorreu em 1963, com Paulo VI, que decidiu renunciar à pompa associada ao cargo. Desde então, seus sucessores, incluindo João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e Francisco, optaram por cerimônias mais simples. João Paulo II, em sua missa inaugural, destacou que a decisão de não usar a tiara reflete uma busca por humildade e um foco no poder espiritual de Cristo.

Em 1996, João Paulo II formalizou a mudança ao remover a coroação da Constituição Apostólica, substituindo-a por uma "cerimônia de inauguração do pontificado". Embora a tiara permaneça disponível, o rito atual enfatiza símbolos mais pastorais, como o pálio e o anel do pescador. A tiara, que possui três coroas e simboliza a autoridade papal, não é mais utilizada em cerimônias de posse.

Mudanças na Cerimônia

A missa de inauguração, que ocorre após a eleição do Papa, é um momento significativo para a Igreja Católica. Durante a celebração, o novo Pontífice recebe homenagens de cardeais e clérigos, marcando o início de seu ministério. A tradição de coroação, que incluía uma procissão elaborada e a imposição da tiara, foi substituída por um rito mais simples e acessível.

A decisão de não retomar a coroação reflete uma mudança na abordagem da Igreja, que busca se conectar de maneira mais direta com os fiéis. O Papa Francisco, por exemplo, eliminou a tiara de seu brasão, optando por uma mitra estilizada, reforçando a tendência de um papado mais próximo e menos cerimonioso.

Assim, a missa de inauguração do Papa Leão XIV não apenas marca o início de um novo pontificado, mas também simboliza a continuidade de uma era de simplicidade e humildade na liderança da Igreja Católica.