02 de mai 2025
Polícia Federal revela propinas e relações entre traficante e PMs do Rio de Janeiro
Relatório da PF revela troca de mensagens entre traficante e policiais do RJ sobre propinas e devolução de veículos roubados.
Fhillip da Silva Gregório, o "Professor", chefe do tráfico de drogas no Complexo do Alemão, no Rio. (Foto: Disque Denúncia)
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Um relatório da Polícia Federal (PF) revelou mensagens entre Phillip da Silva Gregório, conhecido como "Professor do Alemão", e policiais do Rio de Janeiro, evidenciando corrupção na Polícia Militar (PM). O traficante, ligado ao Comando Vermelho, é investigado na Operação Dakovo, que apura o tráfico internacional de armas.
As conversas, analisadas pela PF, mostram o traficante negociando propinas com policiais. Em uma mensagem de fevereiro de 2022, um policial reclama do valor de R$ 1.200,00 e ameaça retomar operações na comunidade se o montante não aumentar. O "Professor" responde de forma ameaçadora, afirmando que está há muito tempo no crime e que, se não aceitassem o valor, não receberiam nada.
Relações com a PM
Além das negociações de propina, o relatório indica que o traficante também exigiu a retirada de uma viatura blindada da região. Em outra mensagem, um policial solicita a ajuda de "Professor" para devolver um veículo roubado, a pedido de uma coronel da PM. O carro pertenceria a um político influente, e o traficante confirma que a chave está dentro do veículo.
O "Professor", de 37 anos, é apontado como chefe do tráfico no Complexo do Alemão e tem conexões com fornecedores de armas no Paraguai, Peru, Bolívia e Colômbia. Ele foi preso em março de 2015 e, após ser condenado a 14 anos, recebeu um benefício em 2018 e não retornou mais à prisão. Atualmente, há um mandado de prisão em aberto contra ele.
Operação Dakovo
A Operação Dakovo resultou na denúncia de 28 investigados, incluindo o "Professor", por envolvimento em uma rede de tráfico de armas da Europa e Turquia para a América do Sul. As investigações apontam que o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC) adquiriram parte do armamento. A PF continua a investigar as relações entre o tráfico e a PM, que revelam um cenário preocupante de corrupção e conivência.
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