19 de mai 2025


Facção divulga ordens e alianças para o G20 no Rio de Janeiro
Polícia Federal intercepta mensagens de Naldinho, chefe do Comando Vermelho, que planeja trégua e fuga durante o G20 no Rio.
Foto:Reprodução
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A Polícia Federal interceptou mensagens de Arnaldo da Silva Dias, conhecido como Naldinho, chefe do Comando Vermelho, que está preso na Penitenciária Bangu 3. As comunicações revelam que ele ordenou uma trégua de sete dias em razão do G20, além de planejar alianças com a facção Amigos dos Amigos e uma possível fuga.
Em um comunicado datado de 22 de fevereiro, Naldinho pediu que a facção evitasse conflitos durante o evento internacional, destacando que um representante das autoridades no Rio havia solicitado a pausa. O traficante, que cumpre mais de 50 anos de condenação por tráfico e homicídio, é membro do Conselho Permanente do CV, que toma decisões estratégicas para o grupo.
Alianças e Conflitos
As mensagens também indicam que Naldinho atuou como mediador em disputas entre facções e organizou rifas com prêmios de armamento. Em um dos "salves", ele anunciou uma nova aliança com a Amigos dos Amigos, encerrando um conflito que durava mais de 20 anos. As regras de convivência foram estabelecidas, permitindo a livre circulação de moradores entre as comunidades CV e ADA.
Além disso, a PF investiga indícios de que Naldinho estava envolvido no planejamento de uma fuga em massa do Complexo de Gericinó. Conversas interceptadas revelaram discussões sobre verbas destinadas a obras na cadeia, que poderiam estar ligadas à construção de um túnel para a fuga.
Transferência para Presídio Federal
As autoridades, incluindo a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio, tentam transferir Naldinho para um presídio federal, citando sua influência na facção e o risco que ele representa. O pedido, feito em outubro de 2022, foi negado pela Vara de Execuções Penais, mas uma nova análise está pendente desde fevereiro.
Os advogados de Naldinho alegam que não é possível identificar quem utilizou sua linha telefônica e defendem que não há conduta que justifique sua transferência. A situação permanece em segredo de Justiça, enquanto as investigações continuam.
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