Bope intensifica operações contra líderes do TCP e Comando Vermelho após morte de TH

Após a morte de Thiago da Silva Folly, conhecido como TH, em uma operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), a polícia intensificou a busca por dois novos líderes de facções criminosas. Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, e Edgar Alves de Andrade, o Doca, tornaram-se os principais alvos das autoridades.

TH, que foi um dos principais chefes do Terceiro Comando Puro (TCP), foi morto no dia 13 de maio durante uma ação policial no Complexo da Maré. Ele possuía um extenso histórico criminal, com 227 anotações e 17 mandados de prisão em aberto. O secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, descreveu a operação como "cirúrgica" e apresentou uma lista de crimes atribuídos a TH, que media cerca de cinco metros.

Com a eliminação de TH, Peixão e Doca se tornaram os novos focos da polícia. Peixão, líder do TCP e fundador do Complexo de Israel, é acusado de impor um regime de terror nas comunidades sob seu controle. Ele possui 79 anotações criminais e, apesar disso, nunca foi preso. Em uma investigação, a polícia apurou que Peixão e seu grupo fecharam rodovias para aterrorizar a população, resultando em três mortes e feridos em um tiroteio.

Rivalidade entre Facções

Doca, por sua vez, é um dos principais chefes do Comando Vermelho (CV) e atua no Complexo da Penha. Ele é investigado por mais de 100 homicídios, incluindo execuções de crianças. Recentemente, Doca foi apontado como mandante da execução de três médicos na Barra da Tijuca, que foram confundidos com milicianos.

A rivalidade entre Peixão e Doca é intensa, com frequentes disputas pelo controle de territórios estratégicos, como a favela do Quitungo. Essa comunidade tem sido palco de confrontos entre os dois grupos rivais, aumentando a tensão na região.