22 de mai 2025
Vila Cruzeiro se torna refúgio para foragidos do crime organizado no Rio de Janeiro
Vila Cruzeiro se torna refúgio de foragidos de facções, com líder cobrando abrigo e aumentando poder bélico do tráfico.
Imagem: Arte/UOL (Foto: Arte/UOL)
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A Vila Cruzeiro, favela na zona norte do Rio de Janeiro, é alvo de investigações policiais por abrigar foragidos de facções criminosas. Entre eles, estão mandantes de assassinatos, como Edgard Alves de Andrade, conhecido como Doca, que cobra por abrigo, aumentando o poder bélico do tráfico.
A presença de fuzis na região dificulta a entrada das forças de segurança. Especialistas afirmam que a quantidade de armas permite ao Comando Vermelho (CV) se proteger de ações policiais e de ataques de facções rivais. A localização da Vila, a apenas cinco quilômetros do Complexo do Alemão, favorece fugas, com morros e estradas de terra que servem como rotas de escape.
Criminosos constroem barreiras de concreto para obstruir a passagem da polícia, forçando os agentes a descerem de veículos blindados, tornando-se alvos fáceis. O promotor Rodrigo Merli, do Ministério Público de São Paulo, destaca que a falta de helicópteros nas operações aumenta os riscos para os policiais.
Atração de Foragidos
Doca, líder do CV na Vila Cruzeiro, tem um perfil violento e atrai criminosos de outras regiões, aceitando foragidos de diversas facções em troca de dinheiro. Relatórios policiais indicam que mais de trezentos criminosos de outros estados estão escondidos na comunidade. Essa prática gera uma nova fonte de renda para Doca, que usa os recursos para adquirir mais armas e expandir seu território.
Entre os procurados, está Emilio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Cigarreiro, acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Vinicius Gritzbach. Outro foragido, Kauê Amaral, também estaria na Vila. O histórico da favela mostra que criminosos de outros estados frequentemente buscam abrigo na região, que já foi lar de líderes do tráfico de Manaus.
Violência e Conflitos
A Vila Cruzeiro tem um histórico de violência crescente nas últimas duas décadas. Em 2022, uma operação policial resultou em 25 mortes, tornando-se uma das mais letais da história do Rio. A favela, que já foi um quilombo, agora é um polo de resistência cultural, mas também um reduto do crime organizado.
A complexidade da situação na Vila Cruzeiro reflete a dificuldade das autoridades em combater o tráfico de drogas e a violência associada. As operações policiais, muitas vezes, enfrentam resistência armada, evidenciando a necessidade de estratégias mais eficazes para lidar com a criminalidade na região.
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