25 de mai 2025
Operação na Vila Cruzeiro completa três anos sem justiça para vítimas e moradores
Moradores da Vila Cruzeiro relatam aumento da violência e presença de traficantes, três anos após operação que deixou 23 mortos.
Operação na Vila Cruzeiro para retirada de barricadas. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress)
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Neste sábado (24), completaram-se três anos da operação na Vila Cruzeiro, que resultou na morte de 23 pessoas, incluindo a cabeleireira Gabrielle Cunha, de 41 anos. A ação, realizada pelas polícias militar e rodoviária federal, gerou controvérsias sobre a conduta policial. Até o momento, não há denúncias na Justiça relacionadas às mortes, e as promotorias estadual e federal não responderam sobre o andamento das investigações.
A promotoria estadual militar afirmou que não houve desvio de conduta por parte dos policiais. Dos mortos, 16 não tinham passagem pela polícia. Entre eles estava Douglas Costa Inácio Donato, de 23 anos, ex-militar da Marinha e pai de um menino de dois meses.
Moradores da Vila Cruzeiro relataram que, após a operação, o número de barricadas aumentou e a presença de traficantes de outros estados cresceu. Um deles é Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Cigarreira, vinculado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele é apontado como mandante da morte de um delator do PCC em São Paulo e teria sido visto na favela.
A Vila Cruzeiro, parte do complexo da Penha, é uma das áreas onde a violência tem aumentado. Uma moradora, que se mudou devido à insegurança, afirmou que qualquer denúncia pode levar a um julgamento pelo tráfico. Delegados indicam que a violência se intensificou por intervenções judiciais, uma tese contestada por especialistas.
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