Política

Alemanha enfrenta encruzilhada econômica e política em eleição decisiva neste domingo

As eleições de 23 de fevereiro são cruciais para a Alemanha, com a CDU liderando. A AfD pode alcançar resultados históricos, refletindo a insatisfação popular. O governo de Olaf Scholz enfrenta divisões, com o SPD caindo para a terceira posição. A política externa dos EUA sob Trump impacta a segurança e economia alemã. A imigração e a crise econômica desafiam o futuro do governo e a estabilidade social.

Eleitora alemã vota neste domingo, em Berlim (Foto: REUTERS/Fabrizio Bensch)

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Neste domingo, 23 de fevereiro de 2024, a Alemanha realiza eleições para escolher um novo governo em um contexto crítico, com a economia estagnada e um ambiente internacional hostil. As urnas estarão abertas até as 18h (14h no horário de Brasília). As pesquisas apontam que a União Democrata-Cristã (CDU), liderada por Friedrich Merz, deve ser a mais votada, seguida pela Alternativa para a Alemanha (AfD), que pode alcançar seus melhores resultados históricos. O Partido Social Democrata (SPD), do atual chanceler Olaf Scholz, deve cair para a terceira posição, refletindo o desgaste do governo de coalizão.

A política externa dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, trouxe mudanças que impactaram diretamente a Alemanha. Trump criticou os aliados europeus por não investirem o suficiente em defesa, e sua abordagem em relação à Ucrânia e à Rússia gerou incertezas sobre a segurança europeia. O discurso do vice-presidente americano, J. D. Vance, em Munique, foi considerado "inaceitável" pelo ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius. A invasão da Ucrânia em 2022 forçou a Alemanha a aumentar seus gastos em defesa, rompendo com décadas de tradição pacifista.

A economia alemã enfrenta desafios significativos, com o Produto Interno Bruto (PIB) reduzido em 0,3% em 2023 e uma previsão de crescimento de apenas 0,1% em 2024. A dependência do gás russo e a falta de investimentos em infraestrutura digital foram apontadas como fatores que contribuíram para a estagnação econômica. A indústria automotiva alemã, antes uma potência, agora enfrenta concorrência acirrada, especialmente da China, no setor de carros elétricos.

A imigração, que ajudou a compensar a redução da natalidade, também se tornou um tema controverso. O Índice de Aceitação da Imigração caiu de 7,1 em 2016 para 6,4 em 2023, refletindo uma mudança na percepção pública. A AfD se fortaleceu, especialmente na antiga Alemanha Oriental, e seu discurso anti-imigração influenciou outros partidos. Apesar disso, a inclusão da AfD em uma coalizão de governo parece improvável, mas a especialista Diana Luna alerta que a direita radical pode ganhar ainda mais força se o novo governo não conseguir abordar questões como emprego e imigração de forma eficaz.

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