Política

Extrema direita na Alemanha atinge 21% das intenções de voto impulsionada por Trump

O partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) atinge 21% nas pesquisas. Alice Wiedel, candidata da AfD, busca reformular a imagem do partido controverso. A ascensão da AfD reflete descontentamento com a economia e a migração na Alemanha. A classe política mantém distância da AfD, rejeitando coalizões por meio de "firewalls". Apoios de figuras como J.D. Vance e Elon Musk elevam a visibilidade de Wiedel.

Alice Weidel, do partido alemão AfD, em setembro de 2024 (Foto: REUTERS/Liesa Johannssen)

Alice Weidel, do partido alemão AfD, em setembro de 2024 (Foto: REUTERS/Liesa Johannssen)

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Com apenas doze anos de existência, o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) se destaca nas pesquisas para as eleições legislativas deste domingo, alcançando 21% das intenções de voto. Esse número representa o dobro do que o partido obteve nas eleições anteriores, embora ainda não seja suficiente para liderar o futuro governo alemão. A ascensão do AfD é impulsionada pela insatisfação da população com a economia, a migração e os altos gastos relacionados à guerra na Ucrânia, o que pode resultar em uma guinada à direita na política do país.

Nos últimos quatro anos, a Alemanha foi governada pelo social-democrata Olaf Scholz, que agora enfrenta um cenário desafiador. Todos os partidos, até o momento, se comprometeram a evitar uma coalizão com o AfD, utilizando a estratégia conhecida como firewall, que visa isolar a legenda com raízes na ideologia nazista. O desprezo pela AfD foi evidente no último debate eleitoral, onde a candidata Alice Wiedel foi alvo de ataques de outros candidatos, incluindo o conservador Friedrich Merz e o chanceler Scholz.

Wiedel tenta reformular a imagem do AfD, aproveitando-se do descontentamento com os partidos tradicionais. Sua candidatura ganhou apoio de figuras como o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, que pediu o fim dos firewalls, e do bilionário Elon Musk, que a elogiou publicamente. O AfD, que se apresenta como um partido libertário, tem sido criticado por suas declarações polêmicas e revisionistas, como a afirmação de que Hitler era comunista, uma ideia amplamente rejeitada por historiadores.

A retórica do AfD, que inclui declarações sobre imigrantes e o uso de símbolos ambíguos, ressoa com uma parte significativa do eleitorado, refletindo um apelo populista que se alimenta da desinformação. Apesar de seus esforços para se distanciar da imagem de radicalismo, o partido continua a ser visto como uma ameaça à coesão social na Alemanha, especialmente em um contexto de crescente polarização política.

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