Política

A CDU retoma o poder na Alemanha e investidores aguardam formação de novo governo

A CDU retorna ao poder após 16 anos, enquanto o AfD se torna a segunda força. Friedrich Merz, provável novo chanceler, enfrenta desafios na formação de coalizão. SPD tem seu pior desempenho em um século, dificultando alianças governamentais. Empresários pressionam por reformas rápidas para evitar paralisia na economia. O crescimento da AfD gera preocupações sobre a estabilidade democrática na Alemanha.

Friedrich Merz faz discurso a apoiadores na noite da eleição alemã - 23/02, 2025. (Foto: Odd ANDERSEN/AFP)

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Os investidores na Alemanha reagiram de forma cautelosa ao resultado das eleições realizadas no último domingo, que confirmaram as previsões das pesquisas de intenção de voto. A União Democrata Cristã (CDU), partido de direita que governou por dezesseis anos sob Angela Merkel, retorna ao poder. O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) consolidou-se como a segunda maior força política, o que levanta preocupações sobre a formação de uma coalizão. Friedrich Merz, provável novo chanceler, enfrenta o desafio de unir partidos para garantir mais de 50% dos assentos no Parlamento, enquanto uma aliança com a AfD permanece um tabu.

A CDU deve buscar apoio dos sociais-democratas (SPD), que, apesar de terem registrado seu pior desempenho em mais de um século, ainda superaram os Verdes e são a única opção viável para uma coalizão de dois partidos. A situação se complica com a exclusão dos liberais do FDP, que não atingiram o mínimo de 5% dos votos, e a recuperação surpreendente da Esquerda, que obteve 8% dos votos. Empresários pressionam por uma rápida formação de governo, visando reformas para revitalizar a economia alemã, enquanto o índice Dax avança quase 1% e o euro se valoriza em relação ao dólar.

O novo governo enfrentará desafios significativos, incluindo a necessidade de administrar a guerra na Ucrânia e a instabilidade nas relações transatlânticas. Merz, que se distanciou de Merkel, terá que lidar com a crescente influência da AfD, que defende políticas anti-imigração e a retomada das importações de gás russo. O futuro da CDU dependerá de sua capacidade de formar uma coalizão estável, possivelmente com o SPD e os Verdes, apesar das divergências sobre cortes orçamentários e crescimento econômico.

Cerca de sessenta milhões de eleitores foram às urnas sem certeza sobre o futuro político da Alemanha. A situação atual exige que Merz implemente um "firewall" para isolar a extrema-direita, um teste crucial para sua gestão. A crescente preocupação com a ascensão da AfD levou a manifestações em defesa da democracia, refletindo a tensão política no país. A formação de um novo governo será decisiva para o rumo da maior economia da Europa e suas relações com a União Europeia e os Estados Unidos.

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