Política

Reação de líderes e economistas à vitória conservadora nas eleições alemãs

A CDU CSU, liderada por Friedrich Merz, venceu as eleições com 28,6% dos votos. A SPD, sob Olaf Scholz, sofreu sua pior derrota, com apenas 16,4% dos votos. Reformas na "regra da dívida" são urgentes para enfrentar desafios econômicos. A nova coalizão pode incluir a SPD ou os Verdes, mas enfrenta dificuldades. A relação com os EUA e tarifas comerciais impactam diretamente a economia alemã.

"19 de fevereiro de 2025, Berlim: Visitantes caminham em frente à bandeira alemã no domo do Bundestag. (Foto: Picture Alliance/Getty Images)"

"19 de fevereiro de 2025, Berlim: Visitantes caminham em frente à bandeira alemã no domo do Bundestag. (Foto: Picture Alliance/Getty Images)"

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Após as eleições federais no último fim de semana, a Alemanha se prepara para uma nova fase política com a aliança de centro-direita formada pela União Democrata Cristã (CDU) e a União Social Cristã (CSU), que obteve 28,6% dos votos. O partido de extrema-direita, Alternativa para a Alemanha (AfD), ficou em segundo lugar com 20,8%, enquanto o Partido Social-Democrata (SPD) alcançou 16,4%. Com esses resultados preliminares, Friedrich Merz, da CDU-CSU, deve assumir o cargo de chanceler, sucedendo Olaf Scholz, do SPD, após o colapso da coalizão tripartite no final do ano passado.

A CDU-CSU, que já liderou várias "grandes coalizões" na história da Alemanha, deve formar uma nova coalizão, possivelmente com o SPD, embora os Verdes também possam ser considerados. Os novos líderes enfrentarão desafios significativos, como uma economia em declínio e a necessidade de aumentar os gastos internos, que dependem da reforma da regra de limitação de dívida conhecida como "freio da dívida". Além disso, a relação complicada com os Estados Unidos, especialmente com as ameaças de tarifas comerciais do presidente Donald Trump, representa uma preocupação adicional para a indústria automobilística alemã.

Friedrich Merz declarou que a vitória foi resultado de uma preparação cuidadosa e do trabalho conjunto da CDU e CSU. Em contraste, Olaf Scholz reconheceu a derrota do SPD, afirmando que o resultado foi "amargo" e que ele assume a responsabilidade. Especialistas, como Brzeski, alertam que a formação de uma nova coalizão será "complicada", dado o estado crítico do SPD, que enfrenta sua pior performance eleitoral. A necessidade de mudanças na "freio da dívida" é vista como um desafio crucial para o novo governo.

Joe Kaeser, presidente da Siemens Energy, enfatizou que o novo governo enfrentará uma "batalha difícil" e precisará de uma agenda de longo prazo para reestruturar a Alemanha. Ele propôs uma "agenda 2030" focada em áreas como economia, infraestrutura e inovação. A inquietação da população em relação à segurança do país e à eficácia do governo foi um fator que impulsionou o apoio à AfD. A expectativa é que o novo governo aja rapidamente para revitalizar a economia europeia, com foco em questões urgentes como impostos e custos de energia, especialmente para o setor automobilístico.

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