Política

Groenlândia vai às urnas em meio a tensões com Trump e busca por independência

Eleitores da Groenlândia votam em meio a debate sobre independência da Dinamarca. O presidente dos EUA, Donald Trump, reacendeu temores sobre a soberania da ilha. O primeiro ministro Mute Egede reafirma que a Groenlândia não está à venda. Partidos locais discutem referendo sobre independência, mas dependência financeira persiste. A Groenlândia busca diversificar sua economia, explorando recursos naturais e turismo.

Montanhas que rodeiam o porto de Tasiilaq, na Groenlândia (Foto: Lucas Jackson/Reuters)

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Eleitores da Groenlândia vão às urnas nesta terça-feira, 11 de abril de 2024, para as eleições parlamentares, com foco na busca pela independência da Dinamarca e nas implicações do interesse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em adquirir a ilha. Com cerca de 57 mil habitantes, dos quais 40,5 mil têm direito a voto, a Groenlândia possui um Parlamento, o Inatsisartut, com 31 cadeiras. Desde 2009, a Dinamarca permite que a Groenlândia se prepare para a independência total, que requer um referendo. A maioria dos partidos políticos apoia a separação, mas há divergências sobre a abordagem.

Atualmente, a Groenlândia é governada pelo partido de centro-esquerda Inuit Ataqatigiit, liderado pelo primeiro-ministro Múte Egede, que defende a independência, mas ainda não apresentou um plano concreto. O partido de oposição, Naleraq, propõe uma transição mais rápida para a independência e um fortalecimento da indústria pesqueira. Pesquisas eleitorais indicam um cenário indefinido sobre qual partido será o mais votado, embora um levantamento recente mostre vantagem para o governo atual.

Trump, em seu discurso ao Congresso, reafirmou seu interesse em adquirir a Groenlândia, provocando reações de líderes locais. Egede declarou: “Não estamos à venda e não podemos ser simplesmente tomados.” Todos os partidos groenlandeses se opõem à anexação, focando em políticas econômicas e ambientais. A Groenlândia, que depende de cerca de US$ 1 bilhão anuais da Dinamarca, enfrenta o desafio de diversificar sua economia e garantir sua segurança, especialmente com a crescente influência de Rússia e China na região.

A eleição não inclui a independência na cédula, mas o partido Siumut, parceiro da coalizão governamental, planeja realizar um referendo no próximo período eleitoral. A crescente atenção internacional, impulsionada pelas declarações de Trump, pode acelerar o movimento pela independência. A Groenlândia, rica em recursos naturais, busca acordos que garantam benefícios diretos à sua população, enquanto a relação com a Dinamarca continua a ser marcada por questões históricas e sociais.

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